Mauro admite ‘caos’ na saúde, mas reitera que responsabilidade sobre Santa Casa é de Emanuel

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O governador Mauro Mendes (DEM) admitiu que a saúde em Mato Grosso está um ‘caos’ e que ainda há repasses em atraso, por parte do Governo do Estado às Prefeituras, mas reforçou que a responsabilidade de manter a Santa Casa de Misericórdia aberta é do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (19). O filantrópico está fechado há uma semana.

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“Olha, a saúde pública do estado de Mato Grosso está realmente numa situação extremamente ruim, delicada, difícil”, afirmou o governador. “Pegamos a saúde com absolutamente um caos, mais de R$ 400 milhões de restos a pagar, de dívidas com seus fornecedores, dívida com consórcios, com a Prefeitura, um absoluto caos. Estamos trabalhando muito pra enfrentar esses problemas. Quando eu fui prefeito de Cuiabá nós conseguimos, durante os quatro anos, administrar esse problema da Santa Casa, e eu nunca deixei a Santa Casa fechar. Eu desejo ao prefeito que faça o mesmo”.

O governador afirmou, ainda, que não tem ‘varinha mágica’ e, por isso não conseguirá pagar os repasses atrasados de imediato. “Eu recebi com seis meses de atraso da administração anterior. [São] oito meses de atraso, então não temos varinha mágica, como eu disse durante toda campanha. Não vai existir solução fácil. Existe uma dura realidade, e o que muda a dura realidade é trabalho sério, muito trabalho sério, e o tempo”.

A Santa Casa paralisou as atividades com alegação de que o Executivo municipal não repassou R$ 3,6 milhões de recursos à unidade. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), por sua vez, afirma que a Controladoria Geral do Estado (CGE) pediu cautela nos repasses por conta da uma investigação da Delegacia Fazendária e do Ministério Público Estadual (MPE).

A Prefeitura de Cuiabá realocou os pacientes urgentes e emergentes que estavam sendo atendidos pela Santa Casa de Misericórdia para outros prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) da Capital, dentre eles os Hospitais de Câncer (HCan) e o Geral Universitário (HGU). A medida, que neste momento abrange prioritariamente os 621 pacientes das áreas de oncologia e nefrologia pediátrica e adulta, é fruto do plano de providências do prefeito Emanuel Pinheiro. 

O governo do Estado tem uma dívida de repasses para a Prefeitura que já acumula oito meses. No entanto, não existe diretamente nenhum contrato dos filantrópicos com o governo. Sobre a dívida, Mendes afirmou que começou um programa de regularização. “Já existem algumas áreas da saúde que nós já repassamos janeiro, algumas já repassamos fevereiro, mas existe um esforço gigantesco a ser feito para que nós possamos colocar ordem na casa no estado de Mato Grosso”, afirmou.

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