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Latrocínios caem e o índice de esclarecimento nas Derfs é de quase 100%

Foto: Ilustrativa

Os casos de latrocínios – roubo seguido de morte – apresentaram redução de 47% em Mato Grosso, 50% em Cuiabá e 57% e Várzea Grande. Todos os casos ocorridos este ano na região metropolitana tiveram a autoria identificada. Cerca de um terço de todos os casos ocorreram na região metropolitana. Além de o índice ser menor do que no ano passado, graças ao trabalho preventivo da Polícia Militar, também tiveram os autores presos e indiciados pela Polícia Civil em quase 100% dos casos.

Um dos casos recentes foi a prisão do terceiro suspeito do latrocínio que vitimou o dentista João Bosco de Freitas, 62 anos, no dia 26 de julho. A polícia agiu rápido e identificou todos os envolvidos. O adolescente de 16 nos foi apresentado ao Ministério Público e teve a medida socioeducativa de internação deferida nesta segunda-feira (30). Já outro suspeito, André Fellipe de Amorim, foi mantido preso depois de passar por audiência de custódia, na sexta-feira (28).

De janeiro a 27 de julho foram registrados seis casos de latrocínio em Cuiabá, no mesmo período do ano passado foram 12 casos. Em Várzea Grande, foram três este ano contra sete em 2016, em igual período. Já em Mato Grosso foram 19 casos em 2017 e 36 em 2016.

Dos nove casos ocorridos na região metropolitana este ano e investigados pelas delegacias especializadas de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf) e Várzea Grande (Derf/VG), bem como pela Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva), apenas um está pendente de esclarecimento. 

Conforme o delegado geral, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, as investigações dos crimes de roubos seguidos de morte (latrocínio), assim como os homicídios dolosos, são prioritários nas delegacias da Polícia Judiciária Civil. “As unidades, principalmente as Derf’s, nos casos de latrocínio, têm metodologia específica de atendimento, porque são as primeiras 24 horas que definem a linha de investigação. Tem provas que necessitam ser coletadas nesse momento, como as digitais e imagens, que se perdidas há prejuízo na investigação. Infelizmente, a vida que se perdeu não volta mais, mas temos que dar um alento a essas famílias. Isso se faz descobrindo os autores e levando-os à Justiça”, disse Vasco.

De janeiro a junho, nas Delegacias da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, houve aumento de cerca de 5% na instauração de inquéritos policiais, para todos os tipos de ocorrências criminais. No primeiro semestre de 2017, a Polícia Civil saiu de 19.961, no mesmo período de 2016, para 20.940 inquéritos instaurados. Também houve acréscimo de 13% nos termos circunstanciados de ocorrência (TCO), de 9.786 para 11.076. 

Subchefe de Estado Maior da Polícia Militar, coronel PM Jonildo José de Assis, avalia que a importância da Polícia Militar na redução dos índices é muito significativa. “Foram desenvolvidas várias operações ostensivas. Este indicador de redução só é possível pela política de segurança pública adotada em Mato Grosso. Com este modelo de gestão, o Estado também já apresentou reduções de outros índices criminais, a exemplo de homicídios, roubos e furtos. O investimento do governo no setor de inteligência também é muito importante, pois este trabalho subsidia ainda mais a parte operacional”.

O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, avalia que os investimentos do Governo do Estado foram fundamentais nos resultados de redução dos índices criminais. Além disso, a metodologia de trabalho praticada hoje, materializada na integração das forças policiais, tem sido essencial. 

“A Polícia Militar tem estado mais presente nos locais com maior incidência de crimes patrimoniais graves e as abordagens a pessoas em atitude suspeita tem sido uma constante. Somado a isso, temos uma atividade investigativa qualificada das Derfs, que tem feito um trabalho brilhante e obtido êxito no esclarecimento da autoria e da materialidade dos crimes patrimoniais graves, em especial dos latrocínios”.

Para o secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, o trabalho dos núcleos de inteligência policial tem sido essencial nos resultados da redução dos crimes de latrocínio. 

“Esses resultados também são graças ao trabalho de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Civil que orientam tanto o policiamento preventivo como o repressivo. Com base nos núcleos de inteligência que estão em todas as regionais e nas delegacias especializadas, a Polícia Civil consegue subsidiar as investigações mais complexas e reprimir as organizações criminosas e associações criminosas que praticam essa modalidade de crime contra o patrimônio”, explica.

O trabalho de inteligência identifica os principais locais em que essa modalidade de crime patrimonial ocorre. Com isso, a Polícia Militar trabalha na prevenção dos ilícitos. “Por conta das ações integradas, prisões de quadrilhas e o aumento na apreensão de armas de fogo, houve queda dos latrocínios. Além disso, também há o trabalho da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que reprimindo pequenos pontos de tráfico de droga acaba repercutindo na redução dos crimes patrimoniais”.

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