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Reeducandos do CRC se encantam com peça teatral em Cuiabá

Reprodução

Uma noite de música e teatro encantou um grupo de reeducandos de Cuiabá, que pela primeira vez pôs os pés numa casa de espetáculos. Eles tiveram a oportunidade de assistir a uma peça teatral, como parte de ação social promovida pela companhia teatral Cena Onze. Os sete reeducandos do Centro de Ressocialização da capital foram assistir o espetáculo “O Poeta e o Garimpeiro”, encenada no Cine Teatro Cuiabá e que contou com a participação da Orquestra de Viola de Poxoréo e o grupo de catira ‘Os Diamantes’.

A peça é baseada na poesia de Silva Freire com a música e dança do município Poxoréo, que teve sua economia no passado baseada na exploração diamantífera.

Sandy está na ala Arco Íris, espaço criado para abrigar o público LGBT na unidade prisional e relata que a oportunidade de ver uma peça teatral a levou a um instante de liberdade e também proporcionou conhecimento sobre a história do estado, contada por meio da música e da poesia. “Foi um momento único, gratificante. Pude analisar com essa oportunidade de cultura e com as oportunidades que o centro de ressocialização tem proporcionado de trabalho, que tem sido muito útil para minha recuperação, que a liberdade não tem preço. É um presente que recebemos, de ter essa chance, que terá um grande efeito na minha reintegração à sociedade”, relata Sandy.

A direção do CRC destaca que a chance de proporcionar um momento cultural aos recuperandos se reflete no comportamento de cada um dentro da unidade prisional. “Temos buscado diversas oportunidades de trabalho para que quando eles retornarem à sociedade tenham uma ocupação, possam se manter de forma digna. O Centro de Ressocialização tem diversas frentes de trabalho que mantém boa parte dos recuperandos ocupados com alguma atividade, seja no trabalho extramuros atuando em serviços gerais órgãos públicos, seja na marcenaria, na fábrica de cadeiras, na organização da biblioteca, nas artes plásticas. Enfim, a unidade sempre busca uma atividade para que a ressocialização seja efetivada”, explicou o diretor do CRC, Winkler Freitas. 

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