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Artista plástico de Cuiabá pinta banheiras, frigobares e manequins no Chateau Camalote

Reprodução

Olhar Direto

O artista plástico Valques Rodrigues iniciou, no último final de semana, mais no projeto no Chateau Camalote, pousada que fica em Chapada dos Guimarães. Depois de pintar nove frigobares no local, ele agora se dedica a imprimir sua arte em duas banheiras de hidromassagem e um manequim.

Valques é filho do artista plástico Nilson Pimenta, considerado um dos 40 melhores artistas populares do mundo em 2012, pela Fundação Cartier para a Arte Contemporânea em Paris. Ele começou a pintar aos seis anos de idade, e desde cedo já comercializava sua arte.

“Eu acompanhava meu pai, via ele pintando e dando os cursos, mas ele nunca quis me ensinar, porque queria que eu criasse um estilo próprio”, contou Valques ao Olhar Conceito, em uma conversa na tarde do último dia 4 de agosto. “Eu comecei a pintar, e vendia nos bancos da UFMT. No começo vendia mais desenhos, porque eram mais baratos, e era mais fácil de vender”, lembra. “E eu mesmo conseguia comprar meus trajes, minhas roupas. Era o menino mais arrumadinho da escola”.

Ainda criança, ele já expôs no Centro de Arte Primitiva de Brasília, em 1991. Em 2000, uma de suas obras foi exposta na Bienal de São Paulo. Alguns anos depois, ele recebeu uma visita importantíssima em sua casa: Gilberto Châteaubriant, filho de Assis Châteaubriant. “Ele foi na minha residência em 2012 e comprou três telas”, lembra. Dois anos depois, o Museu de Arte Moderna (Mam) do Rio de Janeiro entrou em contato com o cuiabano, o parabenizando porque uma de suas obras seria exposta no local.

A obra “Cortadores de Canas”, de Valques, integrou a exposição “Novas Aquisições 2012/2014 – Coleção Gilberto Chateaubriand”. A coleção está no local desde 1993, tem mais de oito mil peças e é internacionalmente conhecida como um dos mais completos conjuntos de arte moderna e contemporânea brasileira. 

Quatro anos depois da primeira visita, em 2016, Gabriel voltou a comprar as obras de Valques. Desta vez, no entanto, foram 12 obras adquiridas.

As telas de Valques são vendidas por uma média de R$2 mil, dependendo do tamanho e do grau de dificuldade. Além das telas, ele também faz suas obras sob encomenda, em paredes ou nos frigobares e banheiras, como fez no Chateau. A pintura foi feita com temas regionais.

“Eu nunca tinha feito esse tipo de trabalho, ainda mais com essa tinta pura, forte. É bem difícil esse tipo de trabalho. Mas eu gostei”, comentou Valques. Segundo ele, em 2018, quando completa 30 anos de pintura, um de seus objetivos é fazer uma exposição com obras de todos os tipos.

Quem quiser conhecer mais o trabalho de Valques pode entrar em contato pelo celular (65) 99309-8879.

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