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SES trabalha para fortalecer os hospitais regionais e ampliar a regionalização

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O fortalecimento dos hospitais regionais e a ampliação da regionalização da saúde faz parte do plano de gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com este objetivo, está em andamento o processo de retomada de gestão de quatro unidades regionais (Sorriso, Alta Floresta, Colíder e o Metropolitano de Várzea Grande) e a ação de trabalho passa pela definição das características, da vocação de cada um dos hospitais, e também de serviços para melhorar ainda mais o atendimento.

“Por exemplo, o Metropolitano de Várzea Grande é referência em cirurgia bariátrica e ortopédica. Os demais hospitais também terão definidas suas características levando em conta o desenho da rede hospitalar no Estado”, explicou o assessor de gabinete da SES, Wagner Simplício, durante a apresentação da prestação de contas da secretaria referente ao 1º semestre à Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, na tarde de terça-feira (26.09), na Assembleia Legislativa.

As informações foram prestadas após a apresentação da equipe técnica sobre o desempenho da SES no semestre e também das metas físicas. Também foram mostrados os relatórios às equipes técnicas das Secretarias de Cidades e Infraestrutura.

As ações anunciadas referentes à regionalização atenderam a um questionamento do deputado estadual Wagner Ramos. Após a exposição de dados concernentes aos números da SES, ele chamou a atenção que, enquanto no eixo da BR-163 existem hospitais regionais instalados em Sorriso, Sinop, Colíder e Alta Floresta, em distâncias não superiores a 100 quilômetros entre eles, em Tangará da Serra o setor da saúde apresenta dificuldades, já que conta com um hospital municipal com poucos leitos, o que obriga o transporte de pacientes para Cuiabá e Várzea Grande.

“Conforme os dados apresentados, 89% das pessoas atendidas pelo Hospital Regional de Sinop são da cidade e 11% são de municípios da região, como Cláudia, Santa Carmem, Feliz Natal e até mesmo Sorriso, as mesmas cidades que são atendidas pelos hospitais de Colíder, Alta Floresta e Sorriso”, exemplificou o deputado. Ele justificou que além de Tangará, que possui 106 mil habitantes, se estivesse instalado na cidade um hospital regional, moradores de pelo menos mais 15 municípios da região seriam beneficiados, incluindo Rondolândia, que fica na parte extrema do estado, na divisa com Rondônia.

Wagner Simplício concordou com a observação de que Tangará da Serra, por suas características, necessita de uma estrutura hospitalar regional. Simplício disse que nas reuniões realizadas por secretários-adjuntos e técnicos da SES, há uma ideia clara da importância da regionalização de Tangará da Serra e isso passa pela construção de um hospital que sirva de referência, aumentando a atual oferta de 37 leitos para 150.

O assessor da SES explicou que em 2012, quando foram constituídos os hospitais regionais de Sinop e Alta Floresta, não foi levado em consideração um plano de desenvolvimento regional elaborado em 2005 pela Secretaria de Estado de Saúde. “A SES havia construído um plano que contemplava as diferentes regiões, mas isso não foi levado em conta naquela oportunidade. Nós entendemos que, do ponto de vista das macro e micro regiões, temos um buraco na assistência”, disse Simplício. “A secretaria entende que no momento que conseguirmos equalizar nosso caminho da reestruturação hospitalar, vamos seguir o caminho para regionalizar o hospital de Tangará”, complementou.

Dados apresentados

A prestação de contas da SES referentes ao 1º semestre, apresentada pela técnica Luceni de Oliveira, do Núcleo de Gestão Estratégica para Resultados (NGER) da SES, mostra que na atenção hospitalar e ambulatorial os oito hospitais próprios do Estado (incluindo o Adauto Botelho) realizaram 480.888 procedimentos clínicos e cirúrgicos. Conforme levantamento, no Hospital Regional de Rondonópolis, 59% dos pacientes atendidos são da cidade e o restante de cidades da região, como Jaciara, Pedra Preta, Campo Verde.

No regional de Sinop, pacientes da cidade correspondem a 89% dos atendimentos e 11% são de municípios próximos. Em Sorriso, 63% dos atendidos são da cidade e, em Cáceres, 50% do atendimento são para moradores da cidade. Já no Metropolitano de Várzea Grande, 31% dos pacientes atendidos são da cidade, 21% de Cuiabá e 48% provenientes do interior do Estado.  Em Alta Floresta, 68% dos atendidos no regional são da cidade e, em Colíder, 56% são moradores do município.

Dentre as unidades descentralizadas, o Laboratório Central do Estado (Lacen) realizou 33.674 exames, incluindo os de carga viral, imunologia, toxicologia e bacteriológicos. Já o Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa (Cridac) realizou 28.871 procedimentos, dos quais 76% na área clínica, como fonoaudiologia, psicologia e fisioterapia, além de 1.452 procedimentos na área de órteses, próteses e materiais especiais. E o Centro Especializado de Referência de Alta Complexidade (Cermac) realizou 23.433 procedimentos clínicos, cirúrgicos e ações de promoção e prevenção em saúde.

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