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Com investimentos de R$ 1,5 bilhão, o Governo do Estado lançou seu programa de privatizações de rodovias na manhã desta terça-feira (3). O investimento, que beneficia 525 quilômetros de estradas será exposto à empresários de outros estados do Brasil e de fora do país, e passará a contar com contratos assinados a partir de abril de 2018. Além dos três primeiros trechos envolvidos nesta etapa, outros 12, correspondentes a pelo menos 3 mil quilômetros, deverão integrar o projeto.
Durante o evento realizado no Palácio Paiaguás, o secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, explicou que os contratos têm prazos de até 30 anos e incluem duplicações, implantação de terceira faixa, intersecção, estações de pesagem, de atendimento ao usuário, ciclovias, e equipamentos de segurança. “Para cada trecho há um projeto específico, com foco principalmente nas travessias urbanas, onde há maior registro de acidentes. Nesses trechos estamos colocando passarelas, redutores de velocidade, ciclovias, calçadas.”
Agora as rodovias que serão disponibilizadas ao mercado são a MT-100, de Alto Araguaia até a divisa com o Mato Grosso do Sul; a MT-246, a MT- 343 e MT-338, na região de Tangará da Serra, Barra do Bugres até a fazenda Itamarati; a MT- 320 em Nova Santa Helena até alta floresta. A estimativa do governo é de que o programa gere mais de 3,5 mil empregos.
O governador Pedro Taques (PSBD) conta que este é o quarto eixo do pró-estradas, divido em construção, reconstrução, manutenção e concessão. Embora as ações tenham sido iniciadas na última gestão, os procedimentos foram barrados no judiciário em decorrência, segundo o ele, de “mais um equívoco” daquela administração. Durante o lançamento ele aproveitou para agradecer aos deputados que aprovaram o programa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Empresários interessados no empreendimento também estiveram presentes no evento, que será exposto em outros Estados e durante visita do staff à China, onde há outros possíveis investidores. Para Taques, a vantagem da concessão, especialmente neste momento de crise, é que o Estado não gasta dinheiro e ainda recebe. “Tem a outorga de quase R$ 80 milhões, além disso, temos a possibilidade do cidadão ser bem atendido, que é a prioridade”, disse.