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Decreto de Emanuel suplementa R$ 3,3 milhões da Câmara de Cuiabá; pedido da Mesa Diretora

Foto: Reprodução

Olhar Direto

O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá,  editou um novo decreto em que promove suplementação orçamentária, no valor de  de R$ 3,38 milhões para a Câmara de Cuiabá, a pedido da Mesa Diretora. O decreto 6.371, do dia 18 de outubro, foi publicado no Diário Oficial de Contas que circula nesta quinta-feira (19), editado com base no Artigo 6º da Lei 6168/2016 (Lei Orçamentária Anual – LOA).
 
O secretário municipal de Planejamento, ex-vereador Jesus Lange Zito Adrien, explicou que o decreto nada tem a ver com a suplementação orçametária de R$ 6,7 milhões, por excesso de arecadação, que está judicializada. "É decisão da Mesa Diretora em remanejar recursos de uma área para outra, na Câmara Municipal. O prefeito apenas cumpriu uma função constitucional [editar o decreto], porque existe a intertependência e harmonia entre os poderes", argumento Zito Adrien – veja abaixo o fac símilie do decreto de Pinheiro.

Os recursos, conforme o decreto, decorrerão por anulação de verba que seria destinada à remuneração de pessoal e encargos sociais, ações de informática, divulgação institucional e manutenção de serviços administrativos gerais, de transporte e conservação de bens imóveis da Prefeitura.

Na semana passada, Emanuel chegou a dizer que “em hipótese alguma” editaria um novo decreto, uma vez que o primeiro foi questionado pela Justiça. “Eu não vejo, pelo menos no momento, nenhuma alternativa. Por hora não, nem pensar [editar um novo decreto]. Até porque já tem um decreto sendo questionado, como é que eu vou apresentar outro? Poderia parecer desrespeito a uma decisão judicial, ou tentativa de estar burlando, o que eu não vou fazer em hipótese alguma”, disse Emanuel, ao ser questionado se tentaria fazer uma nova suplementação.

A primeira suplementação, no valor de R$ 6,7 milhões, foi anulada pelo juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Popular, acatando uma ação proposta pelo vereador Felipe Wellaton (PV), que questionou o envio do crédito dias após os vereadores não acatarem o pedido de abertura de uma CPI para investigar o prefeito, Emanuel Pinheiro (PMDB), flagrado em vídeo colocando dinheiro vivo – que seria referente a propina – nos bolsos do paletó, enquanto era deputado estadual.

A suspensão do recurso acabou culminando na demissão de 460 servidores comissionados da Câmara de Vereadores, pois segundo o presidente do Legislativo, Justino Malheiros (PV), a Casa não possuía recursos para bancar o salário dos mesmos.(Colaborou Ronaldo Pacheco)

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