Olhar Direto
Ao contrário do que promoveu o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), as emendas impositivas da bancada federal mato-grossense estão mantidas para o Governo do Estado. O coordenador da bancada, deputado Victório Galli (PSC), esteve pessoalmente no Palácio Paiaguás na última segunda-feira (23) para firmar o compromisso, mas saiu sem falar com a imprensa.
Na semana passada, durante a Caravana da Transformação, em Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), o deputado Nilson Leitão também havia afirmado o posicionamento da bancada, de direcionar os recursos para o Executivo.
“Isso não se muda por sua vontade, tem lei, tem trâmite no Ministério do Planejamento. Quem decide para onde vai o recurso é a bancada, não é um deputado só. Está mantido o que está na ata feita pelos deputados federais. O Estado vai assinar R$ 80 milhões de convênio com Cuiabá, R$ 50 milhões serão destinados imediatamente e, R$ 30 milhões, serão para o ano que vem”, esclareceu o deputado.
A divisão da verba causou polêmica na última semana, quando a bancada anunciou o rateio dos recursos entre o Estado e a Prefeitura de Cuiabá. No início do ano o governador Pedro Taques (PSDB) já havia pedido para que a bancada mudasse a destinação de parte do recurso – o que incluía o dinheiro para equipar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá – para quitar as dívidas acumuladas na saúde estadual. Mas, após muitas discussões, Taques e Emanuel Pinheiro acordaram que o dinheiro seria utilizado, conforme originalmente pensado, para comprar os equipamentos do novo Pronto-Socorro.
Emanuel criticou a mudança de postura da bancada e questionou se o governador Pedro Taques, tendo em vista a crise de caixa que o Governo enfrenta, terá condições de repassar o valor que cabe à Prefeitura.
“Emanuel reclama que Estado não tem dinheiro, mas quem está construindo o Pronto-Socorro é o Governo do Estado, e a obra só tem 46% pronta. Está fazendo politicagem com o assunto. Não vamos tratar isso como cavalo de batalha. Inclusive todos os deputados que apoiaram Emanuel para prefeito, sem exceção, votaram a favor desta forma de destruir os recursos”, rebateu Nilson Leitão.