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Mesmo com notificação, Prefeitura mantém reforma de Praça

Reprodução

A Prefeitura de Cuiabá informou nesta quinta-feira (9) que vai manter o andamento normal da reforma da Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá.

Na última segunda-feira (6), a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) notificou a Prefeitura a paralisar imediatamente a obra.

A Secretaria alega que a Prefeitura não tinha autorização do Estado para mexer na área, pois faz parte do entorno do prédio do Antigo Quartel da Força Pública – onde hoje funciona o Ganha Tempo -, que é tombado pelo Patrimônio Histórico de Mato Grosso.

A Prefeitura, por sua vez, respondeu que a Praça somente se insere no entorno, mas não é tombada pelo Estado e, por isso, sua reforma não está condicionada à aprovação da SEC.

“A Prefeitura de Cuiabá informa que a revitalização da Praça Ipiranga seguirá seu andamento normal, conforme planejamento estabelecido por meio do projeto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente”, diz trecho da nota da Prefeitura enviada a imprensa. 

“Quanto à notificação da Secretaria de Estado de Cultura (SEC/MT), a Prefeitura esclarece que ao cabe Município de Cuiabá a aprovação dos projetos inerentes à praça, não havendo necessidade de consulta à SEC, uma vez que a lei n° 9.107 de 31/03/2009,  artigo 1°, § 3° estabelece que a Secretaria de Estados de Cultura “exercerá a proteção e vigilância dos bens tombados”, o que não é o caso da Praça Ipiranga”, completa a nota.

 

Polêmica

A Prefeitura deu início à obra no último dia 22 de outubro. 

Já na primeira semana, a reforma levantou questionamentos entre frequentadores e historiadores.

Isso porque a estrutura do chafariz, que é a marca registrada do local, foi totalmente demolida, o que acabou provocando polêmica.

No último final de semana, inclusive, um grupo de pessoas composto por arquitetos, urbanistas, engenheiros, historiadores e artistas regionais, esteve reunido na Praça para um manifesto contra a forma com que a Prefeitura tem realizado uma obra no local.

O prefeito Emanuel Pinheiro afirmou que a reforma está seguindo todas as orientações e normas dos órgãos competentes, garantindo assim, que os traços históricos sejam preservados.

Emanuel também falou sobre a polêmica em torno do chafariz, uma das marcas históricas da Praça. ”Determinei a restauração completa, e o chafariz será reinstalado no local, sem danos a suas características arquitetônicas. Estamos trabalhando na urbanização da cidade e melhoria para uma Cuiabá 300 anos, mas jamais destruiremos suas memórias, “reiterou o prefeito.

Toda a obra da Praça deve custar em torno de R$ 300 mil aos cofres da Prefeitura. O prazo para conclusão é de até 120 dias.

Midia News.

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