O ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa chegou às 13h00 desta quinta-feira (30) à sede da Justiça Federal em Mato Grosso, onde será ouvido pelo magistrado da Quinta Vara Criminal Jefferson Schneider. Ele testemunha na qualidade de colaborador premiado em ação penal oriunda da "Operação Ararath", que tramita em sigilo.
Também prestará depoimento na tarde de hoje (30) o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior – o Júnior Mendonça. O proprietário da Globo Fomento Mercantil Ltda. e Comercial Amazônia Petróleo também é colaborador premiado e chegou à sede da Justiça Federal sem falar com a imprensa.
No ano de 2015, Júnior Mendonça admitiu sua atuação criminosa nos esquemas da "Ararath" e afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) que fez diversos empréstimos entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões ao ex-deputado estadual José Geraldo Riva.
Além dele, também prestarão depoimento hoje (30) os advogados Alex Tocantins e Kleber Tocantins. Conforme os autos, os irmãos combinaram pagamento de propina com o secretário da Fazenda de Mato Grosso à época dos fatos, Eder de Moraes Dias, para que o governo pagasse um precatório de R$ 19 milhões devido à empresa Hidrapar.
O montante foi pago na conta corrente dos advogados e procuradores legais da empresa. Segundo o Ministério Público Federal, parte desse dinheiro tinha que chegar até pessoas ligadas ao PMDB.
Já Silval da Cunha Barbosa, teve seu acordo de delação premiada homologado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Como repercussão do que entregou às autoridades, a PF desencadeou a 12ª fase da Ararath, que resultou no cumprimento de 64 ordens judiciais em setembro deste ano. Foram alvos da colaboração, políticos que teriam se beneficiado de um esquema de pagamentos de 'mensalinhos' que visavam garantir a governabilidade de sua gestão.
18h18 – Silval Barbosa deixou o prédio da Justiça Federal pela saída dos fundos, evitando a imprensa.
17h – O advogado Kleber Tocantins Matos, condenado a 14 anos de prisão e um dos delatores da Ararath foi o primeiro depoente a sair da Justiça Federal. A imprensa ele se limitou a dizer que não podia prestar declarações e que a ação que seu depoimento foi sobre a delação premiada.
Olhar Direto.