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Exame psiquiátrico atesta que Arcanjo está apto a deixar prisão

Reprodução

Um exame psiquiátrico, realizado na semana passada, atestou que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro está apto para deixar a prisão, após 15 anos de reclusão.

O laudo do exame foi encaminhado ao juiz Jorge Luiz Rodrigues, da 2ª Vara Criminal da Capital, nesta terça-feira (19).

No pedido da defesa, realizado em novembro, o advogado Paulo Fabrinny Medeiros alegou que Arcanjo tem 66 anos e, por isso, pediu que a pena seja progredida para o regime semiaberto.

Condenado pelo assassinato do empresário Sávio Brandão, entre os outros crimes, o ex-bicheiro está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde setembro, após ser transferido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

Com o laudo, a soltura de Arcanjo deve ser facilitada, mas não está garantida. Isso porque, mesmo com novos cálculos relativos ao regime semiaberto, ainda há um mandado de prisão preventiva na 5ª Vara Federal de Mato Grosso.

O advogado disse ao MidiaNews que, ainda sim, a esperança é de que Arcanjo saia da prisão logo após o recesso forense, que teve início nesta quarta-feira (20) e termina no dia 6 de janeiro.

“O laudo é uma das etapas importantes, mas ainda há outras. Creio que ele sairá após o recesso”, disse o advogado.

O exame foi realizado pela psiquiatra Luiza Forte Stuchi, no dia 13 de dezembro, e teve duração de aproximadamente 7 horas. 

O estudo concluiu que Arcanjo tem “baixa probabilidade” de cometer novos atos de violência e atos ilícitos.

De acordo com o laudo, o ex-bicheiro demonstrou “amadurecimento” nestes 15 anos de prisão. Ele afirma que está arrependido dos delitos e se mostrou arrependido. “Quero reiniciar minha vida”, disse à psiquiatra.

Por determinação judicial, o valor do exame, R$ 2 mil, foi pago por familiares do ex-bicheiro.

 

Condenações

João Arcanjo Ribeiro foi considerado o chefe do crime organizado nas décadas de 80 e 90 em Mato Grosso

O ex-bicheiro foi condenado por crimes que vão de assassinatos a lavagem de dinheiro e contrabando.

Somadas, as penas chegam a 82 anos e seis meses de prisão.

Midia News.

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