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Taques deve remontar secretariado com espaço ampliado para grupos de Maggi e Mendes

As saídas dos secretários de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira; da Cultura, maestro Leandro Carvalho; e de Comunicação, jornalista Kleber Lima, obrigou o governador a iniciar a “dança das cadeiras”, no staff,  quase quatro meses antes do planejado. Ele já avia anunciado que, em abril, quando saíssem os auxiliares que desejam se candidatarem nas eleições de outubro de 2018, iria ouvir o seu grupo político para remontar o secretariado, valorizando quem se dispusesse a cerrar fileiras na sua aliança à reeleição.
 
Embora a pré-candidatura do ex-prefeito Mauro Mendes seja cantada em prosa e verso por diferentes setores, o governador ainda crê ser possível manter a unidade do grupo responsável por sua eleição, em 2014. E é por isso que enviou alguns sinais tácitos ao ministro da Agricultura e Pecuária, senador Blairo Maggi (PP), e ao próprio Mendes, quando à abertura de diálogo e espaço no governo, com vistas a montarem o mesmo palanque no pleito eleitoral de 2018.

Quem sair, será substituído por nomes indicados pelo futuro arco de alianças do governador. “Os critérios para substituição ainda vamos debater com o nosso campo político. Mas, por favor, calma. Cada dia com a sua agonia”, afirmou Taques, para a reportagem do Olhar Direto, em entrevista recente.
 
Nos bastidores, Blairo Maggi seria o principal incentivador da pré-candidatura de Mauro Mendes, mas, em público, jura por tudo quanto é sagrado que não sabe de nada e pede para que a discussão seja depois de abril de 2018. Ele deve deixar o Ministério da Agricultura em 5 de abril, quando tende a passar o bastão para o coronel Eumar Novacki, atual secretário executivo do MAPA, o que corresponde ao cargo de vice-ministro.
 

A ambigüidade de Maggi não desanima Taques. Foi assim em 2014, quando Blairo Maggi deixou que sua  pré-candidatura ao governo de Mato Grosso fosse alimentada até perto das convenções. Depois, desistiu e Taques deu um autêntico “vareio de bola” na concorrência.
 
Há tempos Pedro Taques tem aberto espaço para ex-auxiliares de Mauro Mendes, em seu staff. Todos são muito próximos do ex-prefeito da Capital e participaram ativamente da sua gestão.
 
Para citar apenas os proeminentes, estão no primeiro escalão os secretários Rogério Gallo, da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que vai para a Fazenda (Sefaz); Guilherme Müller, de Planejamento; Kleber Lima, de Comunicação, de malas prontas para a Cultura; Suelme Evangelista Fernandes, da Agricultura Familiar; e Leonardo de Oliveira, adjunto de Esporte e Lazer da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), entre outros. Sem contar o secretário Gustavo de Oliveira, demissionário da Sefaz; e João Batista Oliveira, ex-secretário de Governo de Mauro Mendes e que até pouco tempo estava na equipe da Seduc.
 
É improvável que seja esquecido o passado do grupo de Mauro Mendes no staff de Pedro Taques. É deles a ampliação do viés político do governo, nos últimos meses.
 
Caso a vida siga o curso normal, devem sair para disputar votos, em 2018, os secretários de Estado das Cidades, deputado Wilson Santos (PSDB); da Casa Civil, deputado Max Russi (ainda PSB); da Educação, Marco Aurélio Marrafon (PSDB); de Infraestrutura, Marcelo Duarte Monteiro (PSD); de Agricultura Familiar, Suelme Evangelista Fernandes (PSB), e o presidente do Instituto de Terras do Estado (Intermat), Cândido Teles.
 
Nos bastidores, também são especuladas as possíveis saídas dos secretários de Estado da Ciência e Tecnologia, ex-vereador Domingos Sávio; de Estado de Cultura (ex-GCOM), jornalisa Kleber Lima; de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone Júnior; e adjuntos da Casa Civil, Paolla Reis e Carlos Brito de Lima; e adjunto de Assistência Social, José Rodrigues Souza Júnior.
 
Pela Lei Eleitoral (9.504/1997) ainda vigente, o  prazo final para desincompatibilização de sem deseja sair candidato é 5 de abril. 

Olhar Direto.

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