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Bolsonaro para de subir em grupos que puxaram seu crescimento

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Depois de disparar nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSC) parou de crescer na corrida presidencial mesmo entre os eleitores que impulsionaram seu crescimento no ano passado.

O deputado ficou estagnado nos segmentos de maior renda e escolaridade, segundo o levantamento mais recente do Datafolha.

Ao longo de 2017, Bolsonaro se consolidou em segundo lugar na disputa e passou a liderar cenários sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva —puxado principalmente por eleitores com renda superior a cinco salários mínimos e ensino médio ou superior completo.

A pesquisa realizada na segunda (29) e na terça (30) mostra que o presidenciável interrompeu sua trajetória de alta em diversos segmentos do eleitorado, e revela que ele ficou estacionado também entre os eleitores mais ricos e escolarizados.

No grupo com renda superior a dois salários mínimos —cerca de metade do eleitorado—, Bolsonaro subiu gradualmente no ano passado, de 5% para 15%, na pesquisa espontânea (quando não são apresentados os nomes dos candidatos). Esse percentual se estabilizou no último levantamento.

Entre eleitores com ensino médio ou superior, a trajetória foi semelhante: o deputado passou de 5% para 14% ao longo de 2017 e parou de crescer na pesquisa mais recente.

Bolsonaro também ficou estacionado na região Sudeste, que concentra pouco mais de 40% do eleitorado. Na pesquisa espontânea, ele passou de 3% para 11% e agora oscilou negativamente, para 10%.

O desempenho do parlamentar permaneceu estável ainda entre eleitores mais jovens. Ele chegou a 17% em novembro do ano passado e, agora, aparece com 16%.

 

Adversários

Equipes de outros candidatos acreditam que a interrupção da disparada de Bolsonaro pode abrir um flanco de crescimento para outros nomes no campo da centro-direita —em especial para o PSDB do governador paulista, Geraldo Alckmin.

Os tucanos acreditam que o deputado do PSC havia ganhado espaço em um eleitorado considerado cativo pelo PSDB: eleitores com maior renda e mais anos de escolaridade.

A esperança dos aliados de Alckmin é que, caso Bolsonaro não se consolide nesses segmentos, o governador paulista possa crescer com o início da propaganda na TV, no fim de agosto. Alckmin trabalha para construir uma coligação que garanta a sua candidatura até um terço de cada bloco de 12min30s —ou seja, 4min10s.

Bolsonaro deve disputar a eleição em um partido nanico, o PSL, e ainda tem poucas frentes de articulação para a formação de alianças. Se disputar sem o apoio de outras siglas, ele pode ter apenas 8 segundos em cada bloco de propaganda.

O deputado fluminense é segundo colocado isolado nos cenários que incluem o nome de Lula e lidera todos os quadros que excluem o petista —que pode ter sua candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa.

Nas principais situações apresentadas pelo Datafolha, o parlamentar tem 16% dos votos quando Lula também é candidato e 18% quando o ex-presidente não aparece na pesquisa.

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 05351/2018.

Midia News.

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