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“Nós não procuramos Mauro Mendes”, diz Bezerra ao alertar que considera ex-prefeito sem postura de oposição

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Considerado um dos principais articuladores da oposição, o presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, alertou que não procurou nem foi procurado pelo ex-prefeito Mauro Mendes (sem partido) e advertiu-o quanto à necessidade de romper publicamente com a gestão do governador José Pedro Taques (PSDB) antes de buscar diálogo com os opositores.  Ele lembrou que existe respeito mútuo pelos partidos  oposicionistas, sob coordenação de PMDB, PR, PTB, PP e outros.
 
“Até agora nós não procuramos ele; nem tampouco Mauro Mendes nos procurou. Não existe conversa nenhuma, nesse sentido”, afirmou Bezerra, para a reportagem do Olhar Direto, ao lado da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), sobre os rumores, principalmente nas redes sociais, de que Mendes teria facilidade em receber o apoio dos opositores de Taques.

O presidente do PMDB afirmou que Mendes possui tentáculos no governo Pedro Taques, em diferentes escalões. “Até agora ele é situação! E soube que até ajudou indicar o [novo] secretário de Estado de Fazenda [procurador Rogério Gallo]. Pela informação que corre ele é situação. Não sei se ele pretende descolar do governador Taques. Mas esse assunto é um tema que vamos tratar em conjunto. É nosso compromisso discutir isso entre os partidos que elegeram Emanuel Pinheiro [para a Prefeitura de Cuiabá, em outubro 2016]”, argumentou Bezerra.
 
Por enquanto, os pré-candidatos ao governo de Mato Grosso pelo bloco oposicionista são o senador Wellington Fagundes (PR) e o conselheiro Antônio Joaquim Neto, afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). “Como esse grupo é expressivo e firme, caso haja um tema novo, certamente devo levar para discutir com o Fórum de Oposição, para ver se aceita ou não o Mauro Mendes. Se nós não preservamos nossa unidade, vamos ter maiores dificuldades para ganhar a eleição”, projetou Bezerra, que deve ser o candidato mais velho em Mato Grosso a passar pelo ronco das urnas, em 2018.
 
Levar o nome de Mauro Mendes para uma sabatina interna é prática pouco usual, num passado recente, mas que Bezerra classifica como essencial. “Unidade pressupõe prática democrática: respeito interno por todos os partidos que compõe o arco de alianças. É um grupo embrionário, ligado aos partidos que apoiaram Emanuel Pinheiro”, justificou Bezerra, para o Olhar Direto.
 
Carlos Bezerra não quis comentar a situação do conselheiro Antônio Joaquim, até então o principal nome da chapa oposicionista. “O impasse com Antônio Joaquim só cabe ao Antônio Joaquim resolver”, complementou Bezerra.

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