A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou na manhã desta terça-feira (6) sessão especial para marcar a abertura dos trabalhos do Legislativo estadual no ano de 2018. A cerimônia foi solicitada pelo governador Pedro Taques (PSDB), que não pôde participar da sessão solene de instalação da 4ª sessão legislativa da 18ª legislatura (quarto ano da atual legislatura) na última sexta-feira (2).
A sessão reuniu deputados estaduais e autoridades dos poderes constituídos de Mato Grosso e contou com a participação do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado. Além do governador Pedro Taques, discursaram o presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, e o representante do Ministério Público estadual, promotor Arnaldo Justino.
O presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (PSB), abriu a cerimônia. Na sua fala, agradeceu aos servidores e deputados da Casa e lembrou dos resultados obtidos em 2017, destacando o trabalho da Sala da Mulher e do projeto Educação Legislativa em Movimento e a análise de matérias importantes para o estado, como Teto de Gastos, a RGA dos servidores e projetos da agricultura familiar. Em 2018 espera que, à frente da Assembleia, consiga “mantê-la à altura da expectativa dos mato-grossenses”.
Em seu discurso, o último antes do encerramento da sessão, o governador Pedro Taques se concentrou em traçar a realidade fiscal do estado. Ele pediu a colaboração dos poderes por meio da redução dos duodécimos (repasses) para conseguir honrar os compromissos assumidos desde a gestão passada e fazer investimentos. Taques também quer ajuda dos servidores públicos e afirmou que pretende enviar novamente proposta de aumento da contribuição previdenciária dos funcionários do Executivo, de 11% para 14%. O governador ainda alertou que pode faltar dinheiro para pagar os aposentados em três anos.
A deputada da oposição Janaina Riva (MDB) disse estar surpresa com o tom adotado pelo governador na cerimônia. “Após o Teto dos Gastos, esperávamos um ano muito melhor, com estabilidade na economia”, criticou a parlamentar. Ela cobra do Executivo uma reforma adminstrativa e corte de cargos comissionados.