Um vídeo, que circula pelas redes sociais, mostra um rapaz identificado como V., sendo espancado, supostamente por membros de uma facção criminosa, no bairro Jardim Marajoara, em Várzea Grande. O motivo, segundo a filmagem, seria o fato de que o rapaz teria agredido a própria mãe.
Nas imagens, que não serão divulgadas devido à brutalidade da ação, o homem que grava, antes de começar a tortura diz que a vítima “vai tomar um salve porque está batendo na mãe, está desrespeitando”.
Três homens com pedaços de fios e madeiras iniciam as agressões que dura cerca de 1 minuto. A vítima, que veste camiseta azul, rola no chão aos gritos.
Logo após, os agressores fazem a vítima afirmar que nunca mais iria bater em sua mãe. “Eu nunca mais vou bater na minha mãezinha, porque eu amo muito ela”, diz o rapaz, que ficou com as costas vermelhas e machucadas.
Ainda não se sabe quando estas imagens foram gravadas, mas a assessoria da Polícia Judiciaria Civil, disse não ter conhecimento do fato.
Um caso parecido aconteceu no início mês. O vídeo mostra uma pessoa do sexo masculino, provavelmente um menor, sendo torturado por supostos criminosos por ter cometido um assalto no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá.
A vítima caída ao solo, enquanto que pelo menos cinco pessoas começam a torturá-lo com pauladas. Desesperado, o rapaz começa a gritar de dor: “Tá doendo, tá doendo”. No mesmo instante em que as pancadas começam, as costas dele ficam vermelhas e machucadas.
Quem filma o vídeo, manda que a vítima fique quieta: “Não grita não, p****”, não grita!”. Já outro, que está ao lado, pede a vez: “Agora sou eu”. Novamente, o responsável por filmar comenta: “Aqui é o trem, rouba aí o Doutor Fábio”. Quase no fim da gravação, a vítima já sem forças novamente pede clemência: “Eu vou morrer, eu não aguento!”. Faltando poucos segundos para o fim, ele aparece com as mãos tremendo e quase sem reação.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil (PJC) que disse ainda não ter ciência do vídeo. Questionada, afirmou precisar de mais informações para saber se há alguma investigação em curso. Por enquanto, não há nada que identifique a data em que as imagens foram gravadas.