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Deputados mantêm apoio a Taques; Fávaro ameaça expulsão

Os deputados estaduais Pedro Satélite, Wagner Ramos, Gilmar Fabris, e Ondanir Bortolini, o "Nininho", anunciaram nesta quinta-feira (5) que vão permanecer no PSD e lutar para que o partido faça parte do arco de aliança da reeleição do governador Pedro Taques (PSDB).

O grupo tinha a intenção de deixar a sigla por conta da decisão do PSD em se manter independente em relação à gestão tucana para conversar com a oposição e construir um projeto eleitoral para este ano.

A decisão gerou reação do presidente do PSD em Mato Grosso, o ex-vice-governador Carlos Fávaro, que em nota sugeriu que os parlamentares procurem uma nova sigla (leia mais abaixo).

Em conversa com a imprensa, na tarde desta quinta, os parlamentares disseram ter escolhido permanecer e usar de sua influência para trazer o partido novamente para base do governador.

“Entendemos que é melhor para todos continuar no partido, inclusive para Pedro Taques, porque é mais um partido que está e poderá estar no arco de aliança. Há os líderes e os liderados. E se você não tem liderança nenhuma, não pode nem ser candidato. Nós temos um convívio muito bom com lideranças e vários prefeitos me apoiam. E eu, com certeza, vou ter influência para convencê-los, de maneira democrática, que é mais importante acompanhar o processo da reeleição do governador”, disse Satélite.

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

"O Taques tem o apoio dos deputados que estão aqui. Vamos reconstruir [a aliança]"

“Então vamos trabalhar. E quem tem liderança, voto, vai fazer o trabalho de convencimento. Lá na frente, quem tiver mais músculo, mais forte, vai vencer e vai dizer onde vamos estar. Os quatro deputados vão trabalhar pela reeleição do Taques. É a arte do convencimento”, completou.

Segundo Gilmar Fabris, o ex-deputado federal Roberto Dorner também teve papel fundamental na permanência dos parlamentares.

“Vamos ficar, primeiro porque gostamos da sigla. Segundo: os nossos cabos eleitorais estão dentro da sigla. Terceiro, pelo pedido de prefeitos, vereadores e, em especial, do Roberto Dorner, que nos fez um apelo para ficar e construir uma candidatura, dentro de um chapão para estadual e federal. Isso fez com que nós aqui ficássemos”, disse.

“Taques tem o apoio dos deputados que estão aqui. Vamos reconstruir [a aliança]. E, automaticamente, enquanto os deputados estão apoiando, trazem consigo suas lideranças. Já disse e repito: os quatro deputados aqui têm 20 prefeitos por trás, vários vereadores, militantes, e todos vão estar com o Pedro para construir sua reeleição”, afirmou.

 

Expulsão

Logo após a coletiva dos parlamentares, Fávaro liberou uma nota criticando quem ele classificou de uma “minoria que quer prevalecer suas ideias no grito”.

Segundo ele, a decisão de independência em relação a Taques é “irreversível” e quem não estiver satisfeito deve buscar outra agremiação partidária.

“O PSD esclarece que a decisão é irreversível. Os caminhos da legenda são e serão trilhados ouvindo a maioria. Não podemos confundir democracia com baderna. Não teremos divisão em nosso partido. Não teremos dois lados. Todos devem acatar o que a maioria decidiu”, afirmou.

Alair Ribeiro/MidiaNews

Fávaro: "Não vamos permitir que uma minoria queira prevalecer suas ideias no grito. Queremos fazer uma nova política"

 

“Não vamos permitir que uma minoria queira prevalecer suas ideias no grito. Queremos fazer uma nova política, baseada no respeito das decisões democráticas, que devem começar dentro de nossa própria casa: o partido. Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária”, disse.

 

Nos bastidores, o presidente da sigla disse cogitar, inclusive, uma expulsão dos deputados.

 

Leia a íntegra da nota:

 

NOTA À IMPRENSA

Diferentemente do que foi anunciado em coletiva de Imprensa realizada hoje por alguns deputados do PSD descontentes com a posição tomada pelo partido de tornar-se independente do atual governo, a executiva do Partido Social Democrático informa:

A decisão partidária foi tomada pela maioria em reunião no dia 21 de março em sua sede em Cuiabá, inclusive com a participação desses deputados. O PSD esclarece que a decisão é irreversível.  Os caminhos da legenda são e serão trilhados ouvindo a maioria. Não podemos confundir democracia com baderna. Não teremos divisão em nosso partido. Não teremos dois lados. Todos devem acatar o que a maioria decidiu. Como bem já frisamos, acabou o caciquismo no PSD. Não vamos permitir que uma minoria queira prevalecer suas ideias no grito. Queremos fazer uma nova política, baseada no respeito das decisões democráticas, que devem começar dentro de nossa própria casa: o partido. 

Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária.

Viva a democracia.

CARLOS FÁVARO


Presidente Estadual do PSD

Olhar Direto.

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