Uma mãe procurou a Delegacia de Polícia para registrar um boletim de ocorrência denunciando que sua filha, uma menina autista de dez anos, havia chegado da escola com uma lesão na região das costas e ombro. O fato teria acontecido no último dia (26), na Escola Municipal Gláucia Maria Borges Garcia, em Cuiabá, e o resultado do laudo, que saiu nesta quarta-feira (04), comprovou que houve lesão corporal.
Geysi Rosa dos Santos, mãe da criança, disse que percebeu os hematomas na região do ombro e costas da filha. A mãe mandou fotos dos hematomas para uma professora e questionou o que teria acontecido. A professora teria dito que “cuidava muito bem da sua filha”.
A explicação da unidade, segundo a mãe, é que as lesões teriam sido ocasionadas quando a criança, que é cadeirante, teria sido removida da cadeira de rodas. “Falam que ocorreu quando eles estavam tirando ela da cadeira, só que tem o sinal da mão somente em um lado da costela. E para retirar da cadeira tem que pegar com as duas mãos. Tem também o sinal do ombro, e para tirar ela da cadeira não precisa tocar no ombro dela”, contou. “Eu fiquei minha vida inteira tirando e colocando ela na cadeira e nunca deixei nenhuma mancha. Outras pessoas também tiraram e nunca aconteceu nada”, completou.
A criança é aluna no 1º ano e estaria frequentando as aulas há pouco mais de um mês. Porém, desde que a criança chegou com as lesões, a mãe optou por deixar a filha em casa.
Segundo o laudo da Perícia Técnica (Politec), ficou comprovado que os sinais encontrados na criança foram causados por uma lesão corporal.
“Eu não confio mais na escola. Essa semana a escola me ligou perguntando o porquê dela não estar indo mais. Eu falei: a minha filha foi brutalmente machucada e vocês ainda perguntam? Ela esta sendo tratada dos ferimentos, ela não tem condições de ir para escola, ela está machucada, abalada”, desabafou.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) disse que tomou conhecimento da questão, e que se reuniu com os pais da criança. Veja posicionamento na íntegra:
A SME por meio da Diretoria de Educação informou que tomou conhecimento da questão ontem (27) e já se reuniu com os pais da criança, após o que foi recomendado um acompanhamento imediato da situação por técnicos da educação especial e membros da equipe multidisciplinar. Hoje mesmo esse grupo se reuniu com os pais, professores e equipe pedagógica da escola para levantar as informações do que realmente aconteceu e, a parti daí, definir o que será feito ou os procedimentos que serão adotados.
Olhar Direto.