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Roteiro de cinema! Botafogo faz aos 50, leva nos pênaltis e faz história

É difícil elaborar roteiros impecáveis. Talvez, para o torcedor botafoguense, o que mais valha antes da glória seja luta e, como não, alguns obstáculos. Depois de um gol aos 50 minutos de Carli, o Botafogo teve a oportunidade de ir aos pênaltis e encerrar uma história memorável. Depois de 1 a 0 no tempo normal, triunfo nos pênaltis por 4 a 3 e ficar com o 21º título de sua história.

O dono das ações

O Vasco não se apegou a vantagem e, até a expulsão de Fabrício, tinha o domínio das ações e ditava o ritmo sem muito esforço. Além disso, chegou com perigo em duas ocasiões. Na primeira, após vacilo de Gatito, Riascos não teve reflexo para conferir. Depois, em bola alçada pela esquerda, Pikachu completou de chapa; sem sucesso.

Pra que isso?

Como o Botafogo encontrava dificuldades para ter espaços no meio, a impressão que dava era que só um contratempo poderia tirar o sossego dos vascaínos na primeira etapa. E ele veio. Na casa dos 30 minutos, Fabrício foi expulso após uma entrada violentíssima em Luiz Fernando, que, inclusive, deixou o campo pouco depois. Pouco antes do intervalo, o Glorioso cresceu e viu Pimpão desperdiçar a melhor chance até então.

Vai levar para casa?

Com superioridade numérica mas em desvantagem no placar, Valentim optou por queimar as substituições e voltar para o segundo tempo com Kieza e Gilson – este no lugar de Moisés, que sentiu. A pressão inicial resultou em um pênalti não marcado em cima de Carli, em que Rafael Galhardo puxou-lhe a camisa. O árbitro, Wagner do Nascimento Magalhães, não deu. E mais: no rebote, Pimpão arrematou e obrigou a Martín a trabalhar.

E no último lance…

Martín também salvou outra, em seguida. Na frente, o Vasco parecia seguro e que não seria vazado de forma alguma, ainda mais quando Valencia apelou depois de troca de passes e foi expulso no penúltimo minuto. Mas ainda faltava o último… Na bola derradeira, Carli surgiu em bate-rebate e guardou, isso aos 50 e fazendo o Cruz-Maltino provar do próprio veneno: pênaltis.

Gatito pega duas e dá Fogão!

Na cobrança de pênaltis, o Botafogo foi mais preciso e mandou para o espaço a angústia do torcedor, que pôde gritar o título aliviado e de forma heroica. Pimpão parou nas mãos de Martín Silva do lado do Bota, mas Gatito pegou as cobranças de Werley e Henrique.

 

VASCO 0(3) X (4)1 BOTAFOGO

Local:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

 

Data/Hora: 8/4/2018, às 16h

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães

Auxiliares: Rodrigo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa

Público/Renda: 64.208 presentes / 58.135 pagantes / R$ 2.219.230

Gols: Joel Carli (49'/2ºT) (0-1)

Cartões amarelos: Paulão, Desábato, Werley (VAS), Marcelo, Pimpão, Leonardo Valencia (BOT)

Cartões vermelhos: Fabrício (VAS) e Valencia (BOT)

VASCO: Martín Silva; Rafael Galhardo (Werley – 15'2ºT), Paulão, Erazo, Fabrício; Desábato, Evander (Andrés Ríos – 13'/2ºT), Wagner; Henrique, Yago Pikachu e Riascos (Ricardo – 38'/2ºT). Técnico: Zé Ricardo.

BOTAFOGO: Gatito; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello, Moisés (Gilson – INTERVALO); Matheus Fernandes, Marcelo (Kieza – INTERVALO), Renatinho; Valencia, Luiz Fernando (Rodrigo Pimpão – 42'/1ºT) e Brenner. Técnico: Alberto Valentim.

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