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PF cumpre mandados contra advogados e empresários por fraude na Lei Rouanet; fotos e vídeos

Às 09h32 – A proprietária da Casa de Festas, Ana Márcia Anquerlei Mansour Bunlai, chegou à sede da PF para prestar esclarecimentos. O advogado da empresa, Carlos Rafael, explicou que: "A Casa de Festas foi chamada apenas para prestar esclarecimentos, uma vez que vende ingressos de shows, eventos e apresentações artísticas. Como a operação trata sobre possíveis desvios de recurso da 'Lei Rouanet', irá prestar depoimento sobre estes assuntos que envolvem a venda de bilhetes. Enfatizamos que ela não é produtora, não realiza eventos e não tem ligação direta ou indireta com a ação da Polícia Federal. Todos conhecem a índole desta empresa".

Às 8h55 – A empresária Tais Louras Palácio, dona da Workprint, chega para depor. 

Às 08h33 – Outro alvo da ação, trata-se da empresa Workprint, instalada na avenida Carmindo de Campos, na capital. Lá, os policiais federais necessitaram da ajuda de um chaveiro para dar cumprimento a ordem de busca e apreensão.

07h02 – A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (26), mandados  de busca e apreensão contra advogados e empresários. A operação, batizada de 'Apate', foi deflagrada nas primeiras horas de hoje. Uma das ordens é cumprida no prédio Helbor Dual Business Offices Corporate, localizado ao lado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB/MT) foi acionada para acompanhar os trabalhos da Polícia Federal. No prédio comercial citada acima, o alvo é o escritório de Elaine de Fátima Thome Parizzi,  consultora e Gestora Cultural. Quem acompanha é o advogado Gilberto Maltz Scheir, que faz parte do Tribunal de Prerrogativas da OAB.

A operação tem o objetivo de investigar supostos esquemas e desvios envolvendo a Lei Rouanet. Além da OAB, a Controladoria Geral da União (CGU) também acompanha os trabalhos dos agentes nesta manhã. Estão sendo cumpridos treze mandados de busca e apreensão em Cuiabá/MT, São Paulo/SP e Ribeirão Preto/SP. Participam da operação 55 policiais federais e dois auditores da CGU.

As investigações foram iniciadas em 2017, a partir de uma apuração preliminar realizada pela Controladoria Geral da União (CGU), que  identificou indícios de fraudes na execução de um projeto cultural por uma empresária de Cuiabá, cuja empresa teria sido beneficiada pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC, instituído através da Lei Rouanet.

Conforme as investigações, a empresária, ao realizar a devida prestação de contas junto ao Ministério da Cultura – MinC, utilizava notas fiscais e recibos com valores superfaturados ou contendo a descrição de serviços que não foram prestados. Em 2015, as fraudes viabilizaram a locação de uma praça pública por R$ 90.000,00.

Ainda conforme as informações levantadas pela autoridades,  foi possível constatar a ocorrência de inúmeras fraudes na execução de dois projetos culturais nos anos de 2014 e 2015.

Apate

Na mitologia grega, 'Apate' era um espírito que personificava a fraude, o dolo e o engano.
 

Olhar Direto.

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