Os principais atrativos turísticos e o potencial ainda não explorado foram apresentados durante reunião ordinária da Câmara Setorial Temática (CST) do Geoparque de Chapada dos Guimarães, nesta segunda-feira (7), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Em 2017, 150 mil pessoas passaram pelo Parque Nacional e este número pode ser ainda maior com melhor estruturação dos locais de visitação.
A presidente da Associação de Guias de Condutores de Ecoturismo de Chapada dos Guimarães, Cecília Kawall, apresentou aos participantes da CST todos os roteiros turísticos de Chapada dos Guimarães que estão em funcionamento e como eles poderiam ser melhor divulgados. De acordo com a guia, por falta de informações, muitos turistas desconhecem os locais ou que estão em funcionamento.
“O parque ficou fechado de 2008 a 2010, mas até hoje parte da população não sabe que foi reaberto e que está recebendo turistas. Temos que propor uma agenda positiva para atrair mais turistas, divulgar o potencial ao invés de reforçar os aspectos deficientes”, defende Cecília Kawall.
Sobre os investimentos, a presidente da Associação destacou que faltam material informativo, pessoas e infraestrutura na cidade e nos pontos de visitação. “Não temos divulgação, faltam profissionais no Centro de Atendimento ao Turista (CAT), placas, hospital, entre outras coisas que poderiam melhorar a qualidade dos serviços oferecidos e trazer mais pessoas para Chapada”, afirma Cecília.
Outro potencial apresentado, mas que ainda não é explorado, foi o acervo paleontológico, geológico e arqueológico da região. O geólogo da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), Leo Adriano de Oliveira, apresentou que tanto em Chapada dos Guimarães como em outros locais do estado há sítios arqueológicos e fósseis desconhecidos pelos turistas.
“Na região de Chapada temos registros fósseis de dinossauros, como no Morro do Cambambe, e que não são divulgados. Com a criação do Geoparque poderemos atrair investimentos e buscar fomentar o turismo e pesquisas”, explicou o geólogo Leo Adriano.
O presidente da CST do Geoparque, Caiubi Kuhn, explicou que o próximo encontro deve encerrar os trabalhos da CST com uma reunião entre os municípios da Baixada Cuiabana. “Vamos trazer representantes de Nobres, Cuiabá, Poconé para discutirmos como podemos trabalhar juntos para fortalecer o turismo na região. Quando Chapada recebe um visitante, ele não fica só lá, também percorre outros locais próximos e temos potenciais muito perto de Chapada”.
Com a realização da última reunião, no dia 21 de maio, a equipe técnica deve finalizar o relatório da Câmara Setorial Temática e apresentar em junho. Na primeira etapa da CST, em 2017, foram apresentadas cinco sugestões de projeto de lei para viabilizar o Geoparque. Dois desses projeto já foram apresentados pelo deputado Wilson Santos (PSDB), um para denominação de Chapada dos Guimarães como Capital Estadual da Geodiversidade e outro com a proposta de criação do Geoparque.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social AL MT