Os agentes de inteligência das Polícias Federal (PF), Militar (PM-MT) e Judiciária Civil (PJC-MT), e das Secretarias de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT) participaram, na tarde desta terça-feira (08.05), do Seminário “Prevenção e enfrentamento a facções criminosas". O evento ocorreu no auditório da Diretoria Geral da PJC, em Cuiabá.
A programação incluiu apresentações da PM e da PJC sobre as ações integradas na área de inteligência direcionadas ao combate às facções criminosas e os resultados positivos, e da Sesp sobre o Plano Estadual de Inteligência e a execução junto às Agências de Inteligência (AI’s) com foco neste combate. Além disso, o seminário abordou as funcionalidades do Sistema S3iMT e a importância da integração das AI’s.
Segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, o evento visa também fortalecer a integração entre as forças de segurança, juntamente com o sistema prisional. “Este trabalho conjunto foi intensificado desde o ano passado, quando assinamos o termo de cooperação com a Polícia Federal, por exemplo, para compartilhar o acesso ao banco de dados entre as duas inteligências. Agora, estamos compartilhando também a expertise de cada órgão e entrando na terceira fase que é operar juntos, com o trabalho técnico de inteligência integrado ao operacional”.
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Lenine Martins / Sesp-MT |
Esta interação, que já era forte no relacionamento interpessoal, ganhou mais impulso também no campo institucional, conforme destacou o superintendente substituto da PF em Mato Grosso, delegado Sérgio Sadao. “Nós sempre atuamos em parceria, mas agora iniciamos uma nova jornada que marca a mudança de conduta por parte das instituições de segurança pública, em busca de bons resultados, por meio da troca permanente de informações”.
Na avaliação do comandante-geral da PM-MT, coronel Marcos Vieira da Cunha, esta rotina é salutar para fortalecer o sistema de segurança pública no estado. “O trabalho integrado em Mato Grosso é referência nacional, e a PF vem somar ainda mais neste planejamento que engloba tanto a parte de inteligência quanto as ações operacionais”, disse. A delegada-geral adjunta da PJC, Silvia Maria Pauluzi, endossou. “É fundamental trocarmos informações e aperfeiçoar técnicas que são importantes para o combate às facções criminosas”.
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Lenine Martins / Sesp-MT |
Resultados eficazes
O compartilhamento de conhecimentos também conta com a participação do sistema prisional. O titular da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT), Fausto Freitas, destacou que a integração já surtiu efeitos positivos. “Um exemplo é que, em parceria com os órgãos que compõem o sistema de segurança pública, evitamos a fuga de 300 reeducandos da penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, no mês de abril. E nossa diretoria de inteligência também atua em conjunto no subsídio de informações importantes para evitar possíveis ações coordenadas de dentro dos presídios”.
De acordo com o secretário-adjunto de Inteligência da Sesp-MT, Arnon Osny, as informações geradas pela inteligência são essenciais também para assessorar os gestores no alinhamento das ações. “Além de alimentar o planejamento operacional com dados qualificados, a inteligência permite o acompanhamento daquilo que é executado, com estudo e análise criminal, com o objetivo de aprimorar o sistema de segurança”.