As empresas de transporte coletivo de Cuiabá podem paralisar totalmente o serviço a partir de segunda-feira (28), caso o combustível não chegue até esta sexta (24) aos reservatórios das garagens.
A informação foi repassada pelo secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Antenor Figueiredo, na tarde desta quinta-feira (24).
Conforme o secretário, a Prefeitura tenta abrir diálogo com o movimento de paralisação dos caminhoneiros para tentar um acordo.
Nele, a previsão é de que o combustível seja liberado ao menos para suprir o transporte coletivo da Grande Cuiabá (que inclui o transporte intermunicipal – Cuiabá – Várzea Grande).
“Infelizmente, a partir de segunda-feira já não teremos mais transporte coletivo, caso todas as alternativas buscadas pela Prefeitura com as bases [dos caminhoneiros] em Cuiabá sejam esgotadas. Amanhã [sexta-feira] iremos atrás das bases para que possam liberar o combustível ao menos para o transporte coletivo”, disse Antenor.
A frota total de Cuiabá conta com 389 ônibus, mais 80 veículos reserva.
Entretanto, já nesta tarde os coletivos funcionam apenas com 50% da sua totalidade. O secretario afirma que essa foi a alternativa encontrada pelas empresas e Secretaria para que os ônibus funcionem até o domingo.
“A Semob conversou com as empresas, e para que não houvesse a interrupção de 100% da frota, nós precisaríamos reduzir a frota hoje, às 16h em 50%, para que possamos ter o serviço até domingo”, explicou secretário.
As empresas estão com 80 mil litros de combustíveis parados e já pagos nas rodovias de Mato Grosso.
“Se conseguirmos liberar essa carga, conseguimos trabalhar até terça-feira”, disse o secretário.
Outros serviços
A própria Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá reduziu sua frota em 50% para viabilizar os serviços.
Conforme Antenor Figueiredo, as Pastas de Educação e Saúde estão trabalhando com transporte reduzido. “É um momento bastante delicado”, disse.
A Semob conta 18 veículos e 22 motos para atuar na fiscalização de trânsito da Capital.
Paralisação nacional
Convocada pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a manifestação começou na manhã de segunda-feira (21). O protesto é contra os aumentos no preço do óleo diesel, que estariam tirando a rentabilidade do setor.
Carretas e caminhões estão impedidos de passar pelo trecho. Apenas carros de passeio, ambulâncias, ônibus, cargas vivas e perecíveis estão autorizados a seguir viagem.
De acordo com a PRF, os bloqueios estão sendo realizados nas cidades de Água Boa (BR-158), Cáceres (BR-070), Primavera do Leste (BR-070), Campo Verde (BR-070), Sapezal (BR-364), Comodoro (BR-174), Rondonópolis (BR-364), Nova Mutum (BR-163), Sinop (BR-163), Lucas do Rio Verde (BR-163), Cuiabá (BR-364 e 070) e Diamantino (BR-364).
Fonte: Mídia News