Para quem aposta numa possível fragmentação da bancada de sustentação ao governo Pedro Taques, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, terá de esperar sentado, porque é improvável. O Palácio Paiaguás interpreta que o aumento nos decibéis de críticas setoriais, principalmente sobre a saúde, são inerentes às atividades do Poder Legislativo e não uma ‘debandada’.
A leitura do secretário Domingos Sávio Parreira, do Gabinete do Governo, é de que a maioria dos parlamentares continua firma, na base aliada. Ele cita como provas indiscutíveis, as aprovações da Emenda Constitucional 081/2017 (PEC do Teto dos Gastos), a contabilidade de 2016 da gestão Pedro Taques e a criação do Fundo Estadual de Estabilização Fiscal (FEF), entre outras votações polêmicas.
“O nosso governo vê as críticas dos deputados com muita tranqüilidade. Até porque não foram contundentes. Foram pontuações. Aliás, a função do legislador é criar leis e fiscalizar as ações do Poder Executivo. Isso é inerente ao trabalho do parlamento”, explicou o titular do Gabinete de Governo.
Domingos Sávio crê que o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (DEM), possui crédito de sobra para fazer as críticas que bem entender do governo. “A Assembleia Legislativa de Mato Grosso é parceira do governador Pedro Taques, mesmo nos momentos difíceis. Botelho já deu contribuição aprovando o FEF, a Emenda Constitucional 081/2071 e aprovando as contas da gestão do governador Pedro Taques, com aprovação quase unânime. Deputados são parceiros nas horas boas e ruins”, sintetizou Sávio Parreira.
Responsável direto pelo diálogo com os deputados estaduais, o secretário-chefe do Gabinete de Governo entende que os resultados falam por si. “O governo Pedro Taques estava com dificuldade para estabilizar a saúde e com o FEF nós estabilizamos. Os deputados nos ajudaram muito e agora [com as críticas] estão fazendo suas funções de pontuar o que necessita ser ajustado”, complementou o secretário de Governo.
Fonte: Olhar Direto