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Democratas garante pré-candidatura de deputado estadual preso

O presidente regional do Democratas, Fabio Garcia, divulgou um documento nesta terça-feira (31) declarando o deputado estadual Mauro Savi como pré-candidato à reeleição. Savi está preso desde o dia 09 de maio no Centro de Custódia da Capital (CCC), acusado de participar de esquemas de corrupção no Detran de Mato Grosso. Conforme o documento emitido por Garcia, as candidaturas do DEM só serão definidas no próximo sábado (04). Até lá, a defesa de Savi tenta reverter sua prisão considerado a soltura do empresário Valter José Kobori.

“Considerando o que dispõe a Constituição federal (…) que determinou que as convenções partidária no estado, que objetivam decidir, entre outros assuntos, a escolha dos candidatos às eleições majoritárias e/ou proporcionais só podem ocorrer no período de 20 de julho a 5 de agosto, declara que Mauro Luiz Savi (…) é filiado de nosso partido e pré-candidato a concorrer ao cargo de deputado estadual nas eleições gerais de 2018”, diz trecho do documento que é assinado por Garcia e protocolizado em cartório.

O documento diz ainda que a candidatura de Savi será confirmada pelo DEM no dia 04 de agosto, quando o partido irá realizar convenção partidária e oficializar suas candidaturas, no ginásio Dom Aquino, em Cuiabá.

Savi é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de integrar o núcleo de liderança do esquema delatado pelo ex-presidente do Departamento Estadual de Transito (Detran) de Mato Grosso, Teodoro Lopes, o ‘Doia’.

Também foram presos no mesmo dia que Savi o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, seu irmão Pedro Jorge Zamar Taques, Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e o empresário José Kobori.

Kobori foi solto na última sexta-feira (27), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e, no mesmo dia, os advogados de Savi e dos irmãos Taques entraram com pedidos de extensão da liminar que concedeu liberdade ao empresário. O pedido ainda aguarda análise do Supremo.

Bônus

Mauro Savi foi presos em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na segunda fase da 'Operação Bereré', denominada ‘Bônus’.

 A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.

Bereré

A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Dóia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame – um registro do Detran.

Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM), é outro investigado.

O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.

 

Fonte: Olhar Direto

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