Candidato a deputado federal pelo PTB, o bacharel em direito Emanuel Pinheiro Filho, o Emanuelzinho, disse não saber se o vídeo em que seu pai, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), aparece pegando maços de dinheiro no Palácio Paiaguás, que seria propina, poderá prejudicar sua campanha.
Em conversa com a imprensa, na convenção do PR, na noite de domingo (05), disse querer construir sua própria história, independente da história do pai.
“Tenho minha história. Se vai prejudicar, não sei, mas quero construir a minha história. Construir as minhas propostas e mostrar meu projeto para Mato Grosso, independente de Emanuel Pinheiro”, afirmou.
Apesar disso, ele defendeu o prefeito. Afirmou conhecer o caráter do pai e disse que ele fará a defesa no processo.
“Conheço o Emanuel Pinheiro, o caráter e a história dele. Dentro dos princípios do contraditório e da ampla defesa, ele, como advogado, vai se explicar na Justiça, como homem público deve fazer. Estamos aguardando e esse momento vai chegar”, disse.
O candidato afirmou que herda do pai, e do avô, Emanuel Pinheiro da Silva Primo, a capacidade de diálogo e o bom relacionamento político.
“Nunca houve pressão dentro da família, foi uma vocação para qual eu me despertei. Fui ao encontro das pessoas, fui trabalhar, fui dar curso de qualificação. Presidi a juventude do meu partido. E temos agora a viabilização da candidatura”, afirmou.
“É uma alegria grande chegar nessa fase do pleito eleitoral. Quero construir a minha própria e ter meu próprio espaço dentro da política”, disse.
O paletó
A gravação em que o atual prefeito de Cuiabá parece recebendo dinheiro no gabinete do então assessor de Silval Barbosa consta na delação premiada do ex-governador, que confessou uma série de crimes cometidos em sua administração.
Conforme Silval, o dinheiro entregue a Emanuel, à época deputado estadual, era uma espécie de “mensalinho” pago em troca de apoio à sua gestão. Outros deputados como Luciane Bezerra, Ezequiel Fonseca, Gilmar Fabris e José Domingos Fraga também foram flagrados.
Por conta do vídeo, Emanuel foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Cuiabá. O processo, entretanto, está parado por conta de decisões judiciais.
Fonte: Mídia News