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Candidatos ‘lembram’ em debate sobre atos de corrupção, atuação pífia e falta de experiência em gestão

Quatro candidatos ao Governo do Estado participaram na noite desta terça-feira (02) de um debate promovido pela TV Centro América, o sexto e último televisionado antes das eleições que acontecem no dia 7 de outubro.

O debate reuniu Mauro Mendes (DEM), Wellington Fagundes (PR), Moisés Franz (Psol) e Pedro Taques (PSDB), que tenta à reeleição.Durante o encontro, trocaram farpas sobre atos de corrupção, a ineficácia no serviço público e também quanto à falta de experiência política de alguns dos postulantes à chefia do Executivo.

Arthur Nogueira (Rede) foi o único candidato na disputa do Palácio Paiaguás que não participou do debate. De acordo com as regras da emissora, sua ausência se deve ao fato de ele não ter o número mínimo de parlamentares na bancada federal em sua coligação e não ter atingido o percentual de 6% de intenção de votos na pesquisa Ibope.

Mediado pelo jornalista Elias Neto, o programa foi dividido em quatro blocos intercalados com perguntas com temas livres e com temas determinados, além de um quinto bloco com considerações finais. A ordem foi determinada por sorteio as regras do debate foram aprovadas pelas respectivas assessorias.

Confira os pontos debatidos:
 
No primeiro bloco foram abordados temas como programa habitacional, a conclusão do novo pronto-socorro, desemprego, política para idosos, políticas para mulheres e funcionalismo público. O candidato Moisés Franz se destacou por atacar Mauro Mendes e Pedro Taques.

Em sua pregunta a Mendes, Franz lembrou de uma de suas promessas do tempo em que era prefeito de Cuiabá de conseguir 15 mil casas em um programa habitacional, além de recordar a obra inacabada do novo pronto-socorro. Em sua resposta, Mendes disse ter entregue 5 mil casas por conta de um problema com o programa minha casa, minha vida. Ele também explicou ter deixado 40% do novo pronto-socorro concluído.  

O candidato do Psol também usou uma de suas réplicas para alfinetar Pedro Taques, dizendo que em um eventual novo governo do tucano, existiria novas reformas previdenciárias e administrativas. Ele ainda aproveitou para prometer que irá rever a PEC do Teto de Gastos, caso seja eleito.

Já no segundo bloco do programa, o embate maior aconteceu entre os candidatos Wellington Fagundes e Mauro Mendes que debatiam sobre concurso público. Em sua pergunta, o republicano lembrou de um decreto temporário barrando as progressões  de servidores assinado por Mendes enquanto prefeito de Cuiabá.

O Democrata, voltou a explicar que o decreto foi temporário e contra-atacou Fagundes, dizendo que ele só teve atuação no legislativo em toda sua vida pública e que nunca entregou uma casa como parlamentar. Na tréplica, o senador afirmou que Taques e Mendes sempre estiveram juntos e que o ex-prefeito foi responsável por indicar o secretário de Fazenda ao atual governador.

Na terceira etapa do debate, Mauro Mendes, em sua pergunta a Moisés Franz sobre o tema corrupção, alfinetou Pedro Taques, dizendo que nos últimos anos, o governo de Mato Grosso ficou manchado por conta de casos de corrupções na Seduc, no Detran e pelo escândalo da ‘ganpolândia’.

O ex-prefeito de Cuiabá também afirmou que Wellington Fagundes responde um processo no TCE por corrupção com o desvio de dinheiro da saúde. Taques e Fagundes chegaram a pedir direitos de respostas, que foram negados pela emissora.

Ainda no terceiro bloco, enquanto respondia uma pergunta sobre o tema turismo, Mendes disse que Pedro Taques deixou o seu compromisso como senador pela metade e que hoje é reprovado pela população. O Democrata também falou que Fagundes está seguindo o mesmo caminho do tucano.

Em sua resposta, Wellington Fagundes disse que Mauro Mendes já perdeu duas eleições, apoiou Pedro Taques na última e que não tem humildade para confessar isso.

Na tréplica, Mendes disse não ter nenhum arrependimento das eleições que disputou e destacou que Wellington, assim como Taques não tem experiência no Poder Executivo, recordando de sua gestão como prefeito.

‘O senhor também não tem nenhuma experiência no executivo. Eu fui prefeito de Cuiabá e entreguei a cidade com mais de 80% de aprovação. Com minha experiência e com a experiência do Pivetta estou preparado para governar’, disse.

A última etapa de perguntas do debate ficou marcada por mais uma discussão entre Wellington Fagundes e Mauro Mendes, que migrou do debate para a justiça e para as redes socais.

Sem o direito de resposta concedido para justificar a acusação de Mendes sobre ser réu por desvio de dinheiro, Fagundes declarou que o adversário está descumprindo uma determinação ao acusa-lo e que pagará uma multa alta por isso. ‘O Wellington não responde a nenhum processo e o candidato Mauro insiste nisso. Ele pagará multas muito alta por isso, embora dinheiro não é problema para o candidato”, afirmou.

Já Mendes pediu para que sua equipe prestasse mais informações em suas redes sociais. ‘Vou pedir a minha equipe para subir em minhas redes sociais que o senhor figura como réu por corrupção na saúde”, finalizou.

Confira abaixo o que os candidatos disseram em suas considerações finais:
 
Wellington Fagundes: Quero agradecer a Deus, fui um parlamentar sempre atuante, municipalista e que sempre cumpri minha com minha palavra. Aqui temos um candidato que quer a continuidade de um governo que não deu certo. O outro candidato quer governar para poucos. Eu sou um candidato que quer governar para todos, estar próximo das pessoas e não vou ficar lá enclausurado no palácio. Quero o apoio ao grande, ao médio, ao pequeno, a todos. Por isso fiz questão de ter uma mulher como minha vice. Por isso estou pedido voto, um voto para esperança, assim como peço voto a Maria Lúcia Cavallli e ao nosso companheiro Adilton Sachetti para o Senador, além de nossos candidatos a deputados federais e estaduais.
 
Mauro Mendes: Obrigado aos candidatos, ao eleitor. Quero agradecer a minha família, a todos nossos apoiadores. São quase 100 prefeitos. Quero pedir desculpa, a campanha foi curta, não deu para chegar a todos municípios, mas garanto que se  for governador vou ir a todo nossos municípios e vamos melhorar sua vida com o dinheiro arrecadado dos impostos. Peço a todos que continue nos ajudando e vamos conquistar uma grande vitória, que acima de tudo será uma vitória para MT. Vou trabalhar muito, com seriedade, com deus na frente e vamos entregar um estado melhor assim com fiz em Cuiabá. Vamos fazer a saúde funcionar para todos. Finalizo aqui pedindo votos ao Jayme Campos, ao Carlos Fávaro e a nossos deputados federais e estaduais.
 
Moisés Franz: Eleitor mato-grossense que tem como anseio melhoria na saúde, na geração de emprego. Você pode ver na minha candidatura uma alternativa. Estes candidatos que temos aqui eram todos do mesmo grupo e hoje representam os barões do agronegócio. Possam ter certeza que comigo sua saúde vai melhorar, a segurança também. Comigo você terá a transparência que hoje você não tem. Quero pedir voto ao Procurador Mauro e para o Gilberto, por que nosso partido não coliga com outros envolvidos em corrupção. Peço seu voto, contamos com você nesta única pesquisa que sairá no dia 7 de outubro.
 
Pedro Taques: Comprimento você cidadão, aprendi desde cedo o valor da honestidade. Sou filho de uma professora e estudei com muito sacrifício, conseguindo passar nos concursos mais difíceis do país. Abandonei tudo para virar senador e poderia ficar tranquilo no senado, mas não desisto, quero continuar a governar este estado. Nada nesta minha vida foi fácil, muitas vezes escolhi o caminho difícil, mas sempre o correto. Nunca respondi processo por improbidade administrativa e por corrupção. Tivemos um governo muito difícil, mas fico muito feliz em falar com pessoas na rua que foram contempladas com ações do nosso governo. Peço seu voto também ao Nilson Leitão para senado da república.

 

Fonte: Olhar Direto 
 

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