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Advogado apresenta notícia-crime contra Selma e nega extorsão

O advogado José Antônio Rosa ingressou com notícia-crime no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) contra a candidata ao Senado, juíza aposentada Selma Arruda (PSL), por denunciação caluniosa, após ela o acusar de “orquestrar” um esquema para prejudicar a sua candidatura.

Rosa alega que, em notícia-crime apresentada contra ele, Selma afirma que o advogado é o “maestro dessa orquestra toda” e o acusa de crime eleitoral e de violação de sigilo profissional “sem nenhuma evidência”.

Selma alega ter sido vítima de uma tentativa de extorsão liderada por seu ex-marqueteiro, Junior Brasa, e pessoas ligadas ao seu adversário nas urnas, Nilson Leitão (PSDB).

Quando ela era juíza podia dar entrevistas imputando crimes a réus ainda que por sentença não transitada em julgado sem nenhum receio de ser responsabilizada. Porém, aqui o faz sem evidências, sem processo e sem o escudo da toga

Isso porque o publicitário ingressou com uma ação monitória contra ela para receber valores supostamente devidos após quebra de contrato – na ordem de quase R$ 1,2 milhão – , além de ter denunciado suposta prática de caixa 2 em sua campanha.

Na notícia-crime apresentada contra o advogado, Selma cita uma reunião da qual teria participado o advogado José Rosa, o jornalista Mauro Camargo, responsável pelo marketing de Leitão (PSDB), e o empresário Alan Malouf, réu na Operação Rêmora para a montagem do suposto esquema.

De acordo com a candidata, 12 horas após o encontro, foi protocolada uma investigação judicial no TRE.

O advogado nega que tal reunião citada pela candidata tenha ocorrido e diz que ela baseia seus argumentos em uma “matéria inverídica e irresponsável", assinada por um jornalista que nem mesmo se encontraria na cidade ou teria apresentado qualquer documento que comprovasse tal fato.

“Ocorre que tal jornalista parece prestar serviços diretamente para a campanha da noticiada, posto que a maioria das suas publicações visa defender Bolsonaro e a noticiante a qualquer custo”, afirmou Rosa, no documento apresentado à Justiça Eleitoral.

Rosa ainda acusa Selma de “criminalizar o exercício da advocacia” e ressalta que, agora que está aposentada, não mais pode contar com o “escudo da toga”.

“Entende-se que quando ela era juíza podia dar entrevistas imputando crimes a réus ainda que por sentença não transitada em julgado sem nenhum receio de ser responsabilizada. Porém, aqui o faz sem evidências, sem processo e sem o escudo da toga. Logo, não pode furtar-se de ser responsabilizada por suas ações e suas palavras”, diz trecho do documento.

 

Fonte: Midia News

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