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Emanuel convoca reunião com filantrópicos e cobra diálogo: “tacar pedra não resolve”

O atraso nos repasses de verba para as entidades filantrópicas que atendem em Cuiabá desencadeou uma nova paralisação, iniciada nesta segunda-feira (22).  A dívida apontada é de quase R$ 3 milhões e, embora destaque que a ausência do recurso tem origem na gestão estadual, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), considerou a necessidade de ampliar o diálogo com os representantes dos hospitais e convocou para esta terça-feira (23) uma nova reunião com o setor.

“Os filantrópicos sabem que o Estado que faz o repasse. Sempre funcionou desta forma, sempre foi feito de forma tripartite: Estado, município e filantrópico. Mas vamos superar. Respeito todos filantrópicos, reconheço a importância deles para o avanço e humanização da saúde pública e defendo uma grande mesa de negociação. Juntos superamos o problema. Tacar pedra e ficar apontado culpados não vai resolver, porque temos milhares de pessoas de Cuiabá e do interior que dependem de uma solução de auto nível, humana e humanizada nesta questão”, avaliou Emanuel Pinheiro.

Segundo os diretores das instituições filantrópicas de Cuiabá, após meses de reuniões e conversas com o representante do município, não houve cumprimento dos pagamentos, que estariam atrasados por parte da Prefeitura de Cuiabá.

Em novembro de 2017 houve a assinatura de uma nova contratualização com essas instituições, mas segundo as entidades filantrópicas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não estaria fazendo os repasses dos incentivos nos setores de UTI, maternidade e exames diagnósticos de câncer. Com isso, os hospitais acumulam uma dívida de quase R$ 3 milhões.

Recentemente, em entrevista ao Olhar Direto, o secretário municipal de Saúde, Huark Douglas, reconheceu o passivo, que à época era de cerca de R$ 2 milhões, mas afirmou que a Prefeitura ainda avaliava os números.

“Tem um valor, que corresponde a 10% do contrato. Para a Santa Casa, não devemos nada. Tem um questionamento que está em auditoria, que é o famoso leito de retaguarda. Não tinha contrato, dizem que forneceram, mas não tem. De Cuiabá, falam que R$ 2 milhões são nossos, os outros R$ 18 milhões é o Estado que deve”, explicou o secretário, na ocasião.

Nesta semana, após o anúncio de uma nova suspensão nos atendimentos, Emanuel Pinheiro cobrou mais transparência. “Conversar, conversar e conversar. Eu já marquei uma reunião com todos os filantrópicos, temos que colocar os números na mesa de forma transparente. Observamos bem a prestação de serviços, se está sendo feita, se os contratos estão sendo cumpridos, se a população está sendo atendida. Se tudo aquilo que está contratualizado está sendo devidamente prestado pelos filantrópicos. É essa relação de maior transparência que nós queremos ter”, concluiu.

 

Fonte: Olhar Direto

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