Considerando o prejuízo de R$ 16, 6 milhões aos cofres públicos, o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia por crime de improbidade administrativa contra o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Romoaldo Junior (MDB), o ex-primeiro secretário, Mauro Savi (DEM), o ex-prefeito de Cuiabá, Anildo Lima Barros e também em desfavor dos servidores que fiscalizaram a obra, Valdenir Rodrigues Benedito, Mauro Kazuo Iwassake e Adilson Moreira da Silva, e os responsáveis pela execução, Alan Marcel de Barros e Alyson Jean Barros, da empresa Tirante Construtora. A acusação formal envolve um suposto esquema para a construção do estacionamento do órgão.
Conforme a denúncia assinada pelo promotor André Luis de Almeida, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, na data de 6 de novembro, o MPE solicita ainda o ressarcimento dos valores, de forma integral. No último dia 7 de agosto, o pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a indisponibilidade de bens dos deputados estaduais Mauro Savi (DEM) e Romoaldo Júnior (MDB) no valor da obra.
A determinação ocorreu em decorrência de uma representação, de natureza externa, que alegou possíveis irregularidade nos contratos e nos processos licitatórios efetuados pela Assembleia Legislativa para construção do estacionamento da Teatro Zulmira Canavarros, anexo ao Legislativo. As obras em questão foram finalizadas no mês de janeiro de 2015.
A investigação sobre o caso iniciou-se após um pedido feito pelo promotor de Justiça, Roberto Turin e pelo deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que assumiu a presidência da casa de leis no mês de fevereiro de 2015.
"O espantoso prejuízo sofrido pelo patrimônio público com a obra de construção do estacionamento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, de mais de dezesseis milhões de reais, foi possível devido às condutas ilícitas dos réus Romoaldo Júnior, Mauro Savi, Valdenir Benedito, Mário Iwassake e Adilson Silva, agentes públicos responsáveis pela licitação, contratação e fiscalização dos serviços por parte da ré Tirante Construtora, a qual se beneficiou imensamente dos atos ilegais dos servidores públicos e com eles colaborou decisivamente, assim como os réus Alan Marcel de Barros, Alyson Jean Barros e Anildo Lima Barros, os dois primeiros sócios-administradores e o último atuando como representante de fato da empresa beneficiada”, diz trecho da ação.
Fonte: Olhar Direto