O governador Mauro Mendes (DEM) cancelou agenda que estava marcada para esta quinta-feira (23) com outros governadores em Brasília para manter o foco na resolução da crise deflagrada com os funcionários públicos que ocupam a Assembleia Legislativa na tentativa de impedir a aprovação de projeto de lei que altera os critérios para pagamento da RGA.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), negou que tenha falta de diálogo entre o Executivo e o funcionalismo público. “O governador tinha uma agenda com todos os governadores em Brasília amanhã. Já desmarcou, deve vir ao estado, pediu em todas as vezes que eu estive com ele, para que os secretários sentem com cada pessoa que procura, de qualquer sindicato, do Fórum Sindical, para que tenha diálogo. O governo também está preocupado”.
Dilmar joga a culpa da necessidade de aprovação dessas leis de austeridade em gestões passadas. “Quem é o pai que não quer dar o cumprimento ao seu filho. A mesma coisa é o governo, ele quer cumprir com o pagamento. Infelizmente, o que foi deixado pelo governo anterior é uma péssima gestão, o déficit orçamentário muito grande. O Estado que assumiu com o déficit de R$ 3,8 bilhões. Falta dinheiro em casa para cumprir com pagamentos”.
O líder do governo ainda sustenta que não há o que se reclamar de falta de transparência por parte dos servidores, uma vez que foram os próprios funcionários públicos que fizeram o levantamento das informações que embasaram os projetos do Executivo.
“Os dados apresentados ao governador do Estado de Mato Grosso a toda a imprensa, a todo o Fórum Sindical, foi do próprio servidor que forneceu. Os servidores da Secretaria de Fazenda que informam dados de arrecadação, o que tem e o que não tem em caixa. Esses dados foram fornecidos pelos servidores públicos do Estado de Mato Grosso. Nós repassamos o caos que está o estado no déficit orçamentário. Eles mesmos e nós temos que buscar saída. Por isso, estamos aqui pedindo a todo produtivo do estado de Mato Grosso, ao invés de pagar R$ 450 milhões para 2019, que contribua com R$ 1,4 billhão para o estado”.
Fonte: Olhar Direto