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Governo mantém identidade visual e vai economizar mais de R$ 68 milhões

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, decidiu manter na atual gestão a identidade visual implantada na administração anterior, no intuito de trazer economia aos cofres do Estado.

Conforme o levantamento feito pela Secretaria Adjunta de Comunicação (Secom), que embasou a decisão do governador, uma nova mudança na identidade visual (englobando marca, slogan, brasão, cores, pinturas de fachadas, adesivagem de carros e crachás para todas as secretarias e órgãos) custaria mais de R$ 68,8 milhões ao Estado, sem contar os custos com papelaria.

Mendes afirmou que o cidadão não tolera mais essa cultura do personalismo político, em que a cada troca de comando o novo gestor muda a identidade visual para deixar o Governo com a sua “cara”.

“O que temos visto gestão após gestão é essa prática equivocada, da velha política, de gastar dezenas e até centenas de milhões de forma totalmente desnecessária. Os recursos públicos precisam ser aplicados em prol do cidadão, não para promover os gestores que temporariamente estão à frente do Governo”, criticou.

O governador destacou que além de trazer gastos milionários ao Executivo, a criação de nova identidade visual também implicaria no descarte de todo o material existente que contém a marca da gestão passada.

“Ou seja, teríamos um desperdício gigantesco de materiais que já foram produzidos, o que é um verdadeiro desrespeito ao contribuinte. Nós vamos utilizar tudo: canetas, crachás, blocos, uniformes, papelaria, até chegarem ao fim, antes de produzirmos mais. Estamos fazendo um grande esforço para aumentar a arrecadação e diminuir despesas, e um novo gasto nessa ordem seria impraticável e incoerente”, explicou.

Além disso, o governador afirmou que tem trabalhado em um projeto de lei para regulamentar esta questão, de modo a instituir uma identidade visual única para o Estado, com a proibição de mudança a cada nova gestão.

Essa identidade visual de Governo, todavia, não deve ser idêntica aos símbolos oficiais, a exemplo do hino, da bandeira e do brasão, que são símbolos de Estado, e não de Governo.

“Vamos encaminhar em breve esse projeto para a Assembleia Legislativa. A identidade visual deve identificar o Governo, e não gestão A ou gestão B”, finalizou.

Conforme o relatório produzido pela Secom, a criação de nova identidade visual demandaria a adesivagem de (no mínimo) 3.917 veículos, pintura de 1.758 fachadas, confecção de 3.145 materiais de comunicação interna, troca de 12.459 crachás e confecção de 26.513 uniformes.

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