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DEM pode ‘retirar’ apoio de Fávaro para ter candidato próprio ao Senado em caso de eleição suplementar

Defendido pelo governador Mauro Mendes (DEM) como candidato ao Senado, em caso de confirmação da cassação da senadora Selma Arruda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) poderá enfrentar adversários dentro do próprio arco de alianças. Segundo o ex-governador de Mato Grosso, Júlio Campos (DEM), lideranças nacionais do partido já sinalizaram interesse em ter candidatura própria se a vaga de Selma realmente for aberta.

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“É um assunto que só podemos decidir depois que o TSE confirmar ou não a cassação da Selma Arruda. [Mas] A direção nacional do partido, os nossos líderes maiores – Antonio Carlos Magalhães, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre – já sinalizaram que gostariam que o DEM mandasse para Brasília um segundo senador. Então, a tendência maior é no sentido de ter um candidato filiado ao DEM”, informou Júlio Campos.

Selma Arruda teve seu mandato cassado, por unanimidade no TRE, em abril. O desembargador Pedro Sakamoto, relator do caso, votou para que Carlos Fávaro ocupasse o cargo até que um novo senador fosse escolhido nas urnas. Porém os seis membros restantes do Pleno divergiram neste ponto, fazendo com que o cargo fique vago até o final das novas eleições. Selma recorre da decisão no cargo e só pode ser afastada por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Em coletiva de imprensa, um dia após o julgamento, Fávaro oficializou sua candidatura, elogiou a postura do TRE, mas avaliou que Mato Grosso pode ficar no prejuízo com a determinação de um possível novo pleito.

“Fiquei muito feliz com a decisão da Justiça que foi feita com a cassação, com os ilícitos praticados na eleição de 2018. O doutor Sakamoto percebeu, levou isso, e nós entendemos que os outros membros estavam voltados para a questão eleitoral. Não estou aqui pra querer assumir ou fazer um revanchismo, ou assumir a vaga de Senado pela via judicial, mas Mato Grosso, e nenhum outro Estado da Federação, pode ficar sem um senador. É inadmissível isso, pela constituição", argumentou o ex-vice-governador, na ocasião.

Questionado sobre Fávaro, Júlio Campos disse que o DEM não descartou definitivamente o apoio ao social democrata, mas reforçou que o partido só irá bater o martelo sobre este assunto após a decisão do TSE.

“O nome do deputado Botelho é um bom nome para qualquer posição política, seja a prefeito de Cuiabá ou Várzea Grande, a senador se houver a vaga com a possível cassação da Selma Arruda. É um dos nomes. Mas o DEM tem outros valorosos nomes que poderão disputar essa eleição. O meu próprio nome está sendo lembrado pelas bases, no interior, como possibilidade. Em política você não pode dizer que não tem interesse, porque depende do momento. Não é minha pretensão, mas posso ter compromisso com o partido. Mas nós temos também, não só dentro do DEM, mas em partidos coligados conosco pessoas que podem ser nossos candidatos numa eventual eleição”, pontuou.

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