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Botelho cobra solução para Previdência e sugere criação de novo fundo para cobrir rombo

Foto: Ronaldo Mazza

Fonte: Olhar Direto

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), voltou a cobrar um posicionamento do Governo de Mato Grosso em relação a uma reforma da Previdência no Estado e sugeriu a criação de um novo fundo para cobrir o déficit, que deve, segundo o parlamentar, chegar a R$ 2 bilhões em dois anos.

O deputado explicou que o assunto precisa muito ser debatido e que uma proposta deve ser apresentada pelo Governo ainda este ano, visto que estados e municípios ficaram de fora da Reforma da Previdência discutida no Congresso Nacional.

“Tenho cobrado o Governo a questão da Previdência que está com um déficit exponencial que vem crescendo muito. Dentro de dois anos deve estar em R$ 2 bilhões. Precisamos criar um novo ‘Fethab’ [fundo para transporte e habitação] só para cobrir este déficit, então é preciso discutir isso agora com responsabilidade. Estou cobrando isso do Governo, para nós provocarmos esta discussão dentro da Assembleia Legislativa. É um assunto desgastante, mas importante para economia do Estado, para garantia dos futuros servidores públicos”, disse o parlamentar nesta quarta-feira (6).

“Temos que fazer esta discussão urgente, todos os estados já estão fazendo e precisamos ter esta discussão. O governador disse que está fazendo um estudo e que possivelmente ia mandar para a Assembleia. Eu estou cobrando celeridade, porque o ano já está acabando e precisamos iniciar nisso ainda neste primeiro ano”, avaliou.

No início da semana, o governador Mauro Mendes (DEM) garantiu que sua equipe técnica está finalizando um estudo sobre para corrigir distorções como o prejuízo mensal de R$ 115 milhões, além de servidores se aposentando com salários integrais aos 45 anos de idade.

“O último relatório que recebi do sistema previdenciário do mês de julho, mostrava um prejuízo mensal de R$ 115 milhões com a previdência. Esse dinheiro sai da conta de energia elétrica, sai do ICMS do combustível, sai dos impostos que o cidadão paga… Cada vez mais eu vejo servidores aposentando com salário integral, o que não acontece na iniciativa privada, com salários acima do mercado e muitos aposentando com 45, 48 ou 50 anos de idade. Até quando Mato Grosso vai aguentar?”, questionou o governador, garantindo que até o início de 2020 encaminhará um projeto para o legislativo.

Um levantamento feito pelo MT Prev no início do ano apontou que o déficit previdenciário do Estado pelos próximos 35 anos é de R$ 57 bilhões. O valor corresponde a parte da projeção atuarial da previdência de todos os Poderes.

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