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Ex-governador cobra solução e pede fim de ‘frescura’ para voo entre Cuiabá e Bolívia

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Fonte:Olhar Direto

O ex-governador de Mato Grosso e figura importante do meio político do Estado, Júlio Campos (DEM), cobrou uma solução para o fim do impasse que envolve a internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). Segundo ele, o voo entre Cuiabá e Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, não começou a funcionar por “frescura”.

Júlio esteve presente na reunião feita pela Câmara Setorial Temática (CST) Faixa de Fronteira, nesta semana e lembrou da sua ligação com o aeroporto. “Por volta de 1950, meu pai era prefeito de Várzea Grande quando ele foi transferido para cá. Eu assisti a inauguração. Sabemos o quanto foi difícil. Depois, veio a modernização, no governo de João Goulart”.

“Ocorreu o seguinte fato: ele tinha uma fazenda aqui em Mato Grosso, chamava Três Marias. Sempre vinha com a avião da FAB, deixava o presidencial, pegava o teco-teco e seguia. Algumas vezes, vinha a esposa dele. O aeroporto era uma imundície, os banheiros nem se fala. Ela precisou utilizar as instalações, ficou horrorizada. Chamou um major da aeronáutica, o fez ligar para o ministro e mandou que se fizesse um terminal novo. Ele foi feito”, completa o ex-governador.

Segundo ele, hoje o terminal existente é novo, moderno e tem praticamente tudo funcionando. “Só falta a internacionalização. Com o governo liberalizante, ministro moderno da Fazenda, como o Paulo Guedes, temos certeza absoluta que irá determinar que acabe com esta frescura. Por causa de detalhes, não é possível ter este voo internacional. Não é toda hora que vai chegar voo. Serão duas vezes por semana. Na Copa do Mundo, funcionou perfeitamente. O movimento foi muito mais intenso. Deram conta de tudo”.

Por fim, o ex-governador destacou o apoio do senador Jayme Campos (DEM), seu irmão, para que haja uma pressão em Brasília (DF) com o intuito de destravar a questão da internacionalização.

Impasse

A Receita Federal continua a ser apontada como a ‘vilã’ para que a novela envolvendo a internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon continue. Diversas exigências foram feitas, sendo que a última envolve a ampliação de uma das salas do órgão de 51 m² para 180 m². Para tentar destravar a questão, a Câmara Setorial Temática (CST) Faixa de Fronteira encabeçou os trabalhos e pretende fazer uma pressão política para que, finalmente, a cidade volte a ter o voo para Santa Cruz de La Sierra.

A situação sobre a Receita Federal também é confirmada pelo superintendente da Infraero em Cuiabá, Laelson Augusto do Nascimento. Ele resumiu ao Olhar Direto que quatro dos três órgãos necessários já deram o aval para a internacionalização do aeroporto de Cuiabá.

Receita Federal

A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Cuiabá informou ao Olhar Direto recentemente que intimou oficialmente a administradora do Aeroporto Mal. Rondon quanto às providências necessárias para as adequações estruturais que permitam o alfandegamento de passageiros no terminal, em  conformidade as normas que regem a matéria .

“Assim sendo, estamos aguardando tais providências para prosseguimento das ações necessárias por parte da RFB. Reiteremos que o compromisso da nossa instituição é no sentido de contribuir com a melhoria do ambiente de negócios e a competitividade do País, em especial no nosso Estado”, finaliza a nota.

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