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“Com o Fávaro não tem conversa”, diz Sachetti sobre disputa ao Senado

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Fonte: Olhar Direto

Fundamental no processo que cassou o mandato da senadora Selma Arruda (Pode), o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) caminha para o isolamento nas eleições suplementares que se aproximam. Na iminência de confirmar sua candidatura, o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) deve carregar consigo o apoio dos principais aliados do social democrata, entre eles do governador Mauro Mendes (DEM) e lideranças do agronegócio. Convidado para assumir uma das suplências, em caso de confirmação da candidatura de Pìvetta, o ex-deputado federal Adilton Sachetti (Republicanos) descartou qualquer possibilidade de composição com o ex-vice-governador.

“Com o Fávaro não tem conversa, porque ele foi meu adversário, continua sendo e está de outro lado. Eventualmente até podemos sentar, mas ele não me procurou e eu também não o procurei”, disse Sachetti, em entrevista ao Olhar Direto.

Adilton Sachetti concorreu ao Senado nas eleições do ano passado, mas ficou em 4º lugar, com 333.082 votos. Ele está fora da política desde então, quando terminou seu mandato de deputado federal.

Sachetti é do grupo de dissidentes do PSB – ao qual pertencia o governador Mauro Mendes (DEM) -, que deixou a sigla após contrariar orientação partidária para votar a favor de pautas do Governo de Michel Temer (MDB).

Carlos Fávaro também concorreu ao Senado em 2018. Ficou em 3º lugar, com 434.972 votos. Ele foi o responsável por conduzir o processo que resultou na cassação de Selma. Na ação, ele pedia ainda sua diplomação automática no cargo. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nos termos do voto do relator do caso, ministro Og Fernandes, que a Constituição Federal determina uma nova eleição para senador, caso o cargo fique vago, sem suplente para substituir o titular, e faltem mais de 15 meses para o término do mandato.

Fávaro foi vice-governador na gestão de Pedro Taques (PSDB), mas rompeu com o tucano próximo do fim do mandato e assumiu postura de oposição no grupo do atual governador Mauro Mendes.

Vale lembrar que, em 2016, Pivetta saiu derrotado da disputa pela reeleição em Lucas do Rio Verde, contra Luiz Binotti, candidato apoiado por Fávaro no município. O episódio, inclusive, foi decisivo para azedar a relação de Pivetta com o Governo, à época comandado por Pedro Taques.

Pivetta, que desde o início da gestão no Estado estava distante dos holofotes e das discussões partidárias, passou a reaparecer em eventos oficiais e chegou a confirmar a aliados que é “candidatíssimo” à vaga de Selma.

Nos últimos dias, o vice-governador entrou em contato com o ex-senador Cidinho Santos (PL) e com Adilton Sachetti para convidá-los para compor sua chapa na eleição suplementar que deve acontecer já no primeiro semestre de 2020.

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