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Ministério Público denuncia PMs que atiraram na cabeça de mulher e requer perda das funções

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Fonte: Olhar Deireto

O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) denunciou os policiais militares Weberth Batista Ribeiro e Ezio Sousa Dias, acusados de tentar matar vítima identificada como Elizângela Moraes com um tiro no rosto na cidade de Sorriso. Pedido liminar busca pelo afastamento imediato dos suspeitos.

No mérito, o pedido é pela perda da função pública. Denúncia foi assinada no dia 5 de fevereiro pela promotora de Justiça Élide Manzini de Campos.  Conforme investigação, os acusados estavam no local identificado como Bar do Careca, “ambos agredindo pessoas e efetivando disparos de arma de fogo”.

Weberth e Ezio teriam se dirigido ao estabelecimento totalmente exaltados e iniciaram uma discussão com uma pessoa que estava em um “espetinho”, dando início a tumulto. O dono do espetinho relatou que, por pedir que parassem com tal atitude, foi ameaçado de morte. Na mesma noite os denunciados transitaram pelas ruas de Sorriso, agredindo diversas pessoas.

A vítima principal foi Elizângela, que estava com o namorado em um ponto de ônibus. Imagens de câmera de segurança mostram que a mulher estava sentada com o companheiro quando os suspeitos se aproximam. Um dos suspeitos então apontou arma para a vítima, atirando. O outro bateu na cabeça do homem que a acompanhava.

Elizângela se levanta e o segundo suspeito começa a agredi-la. O homem armado então retornou e disparou contra ela, que caiu. Weberth Batista Ribeiro e Ezio Sousa Dias deixaram o local caminhando. Os dois foram autuados em flagrante pela Polícia Judiciária Civil (PJC) e estão presos em uma unidade militar local.

“As condutas dos requeridos são diametralmente opostas àquelas que se espera de agentes públicos destinados à segurança da população, eis que usando ilegalmente uma arma de fogo e se valendo das atribuições e funções a eles designadas pelo Estado, aterrorizaram a comunidade local e colocando em xeque a credibilidade da polícia militar de Sorriso”, afirma o MPE.

Ação será julgada pela 4ª Vara Cível da Comarca de Sorriso.

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