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Emanuel diz que MT está “a Deus dará” e anuncia frente de lideranças para gerir pandemia

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Fonte: Olha Direto

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), convocou a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e as bancadas federal e estadual para construírem uma “frente” que deverá orientar os municípios do interior do Estado no combate a Covid-19. O objetivo, conforme o gestor, é evitar o colapso do sistema de saúde na Capital porque, segundo ele, as demais cidades do Estado estão desassistidas pelo Governo estadual.

“É necessário a união de todas, esse vírus é muito violento e não escolhe classe social. Todos estamos no mesmo barco e expostos a eles da mesma forma. Não adianta Cuiabá sozinha fazer o dever de casa se o Estado não sabe o que fazer e colapsa. A gestão estadual se perdeu. E se alguns municípios não têm suporte, como não temos um líder no plano estadual – porque o que está aí não sabe e não quer liderar -, então, somos um barco sem leme”, criticou Emanuel Pinheiro, durante a live que anunciou toque de recolher em Cuiabá a partir deste final de semana.

“Cuiabá é a capital, então vai estourar aqui. Por isso vamos assumir a liderança desse processo a nível estadual, ao lado da AMM, sob a liderança do Neurilan Fraga. Já marcamos uma video-conferência com os 140 prefeitos para nos unirmos e buscar o apoio necessário para combater a Covid-19. Vamos afinar o discurso, a liderança será da Prefeitura de Cuiabá e da AMM, e vamos buscar as bancadas federal e estadual, os Ministérios Públicos, o Tribunal de Contas… Vamos juntos criar medidas verdadeiras sem agressões, sem baixarias e sem fake news”, acrescentou o prefeito.

A relação entre Emanuel Pinheiro e o governador Mauro Mendes (DEM) sofre desgaste desde o início da gestão de democrata à frente do Paiaguás. A troca de ataques entre os dois tem se ampliado com a pandemia e, na mais recente discussão, o Estado acusou a Capital de recusar pacientes diagnosticados com Covid-19 nos leitos que foram disponibilizados no antigo Pronto Socorro e no Hospital São Benedito.

A suposta negativa de Cuiabá em receber os pacientes, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), ocasionou o colapso do sistema de saúde do Estado, que teria esgotado os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas unidades sob a gestão estadual.

A Prefeitura de Cuiabá nega as acusações e garante que ainda dispõe de mais de 60 leitos de UTI vagos para atender pacientes com Covid-19, distribuídos entre o antigo Pronto Socorro e o Hospital São Benedito.

Em nota, o prefeito Emanuel Pinheiro disse que “como previsto no Plano de Enfrentamento e Mitigação ao novo Coronavirus, Cuiabá disponibiliza o Hospital Referência e leitos do Hospital São Benedito para atendimento, seguindo o rito adequado para garantir o tratamento aos pacientes”, e que “lamenta que mesmo em um momento de tamanha delicadeza, em que todos os esforços devem ser direcionados a salvar vidas, ainda se depare com impropérios que evidenciam falácias por parte do Executivo”.

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