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Pedro Bial revela “trauma” no BBB e faz análise: “É um programa movido a ódio”

© TV Globo/Frederico Rozário

Fonte: Msn

Em entrevista à youtuber Camila Coutinho, o apresentador Pedro Bial relembrou a época em que apresentava o “Big Brother Brasil” (Rede Globo) e, além de falar sobre quais aspectos da função ele não apreciava e causaram até certo trauma, fez também um balanço não só da última edição, que bateu recordes e foi inovadora em diversos aspectos, mas também do programa como um todo, classificando-o como “utilidade pública”.

Na conversa, transmitida ao público por uma live no perfil da influenciadora no Instagram, Bial afirmou que a própria premissa do BBB prevê ânimos inflamados. “O BBB é um programa movido a ódio, né? As pessoas vão lá brincar de odiar, eliminar. As próprias palavras, ‘eliminar’, ‘ir para o paredão’…”, disse ele, afirmando que, ao apresentar o reality, ele se expôs a uma combinação desse ânimo com as redes sociais.

Conforme contou, enquanto apresentava o programa, ele viu as redes sociais começarem a surgir – e isso gerou o aspecto que mais o incomodava. “Eu tive uma primeira exposição às redes sociais um pouco traumática”, disse ele, que, em pouco tempo, notou sua aversão à forma como a web reage às coisas. “Fiquei traumatizado, assim: ‘Isso não é para mim, não tenho imunidade para esse tipo de coisa’”, afirmou.

© TV Globo/Kiko Cabral TV Globo/Kiko Cabral

Em seguida, ele afirmou que este não foi um dos motivos que o fizeram deixar o comando do “BBB”, mas que, apesar de estar se reconciliando aos poucos com as redes, a união entre elas e o programa não deixa de ser tóxica. “Eu não conseguia lidar muito bem era com os ‘haters’. Ah, torcida, né? Torcida xinga a mãe do juiz, xinga a mãe de todo mundo, é uma torcida eletrônica, os xingamentos são diferentes”, disse ele.

Por outro lado, Bial mostrou que segue considerando o programa algo positivo – especialmente a última edição, que bateu recordes de votos em paredões e gerou grande engajamento por parte do público – e fez questão de exaltar o desempenho de seu substituto. “A edição deste ano, além de ter sido extraordinariamente bem conduzida pelo Tiago [Leifert], além da seleção ter sido muito feliz, criou um efeito espelho multiplicador”, afirmou ele, citando a pandemia de COVID-19.

© Globo/Frederico Rozario Globo/Frederico Rozario

“As pessoas confinadas [pela quarentena] assistindo a um programa de pessoas confinadas que não sabiam [sobre a quarentena]… Foi uma experiência coletiva de grande utilidade, de grande valia. O programa virou um programa de utilidade pública”, disse Bial, explicando que a utilidade, para ele, foi justamente a grande capacidade de manter as pessoas entretidas em meio a tempos difíceis.

“Como você disse, se a gente não tiver um escapismo, uma válvula para sonhar, para pensar besteira, para fantasiar… Ficar só na realidade, na informação, no meio de uma tragédia dessa, não dá! A gente não pode nem ajudar se quiser. O escapismo é importante e, nesse sentido, o ‘Big Brother’ faz rir, faz chorar, faz sentir raiva, faz sentir amor – e isso foi muito bacana”, afirmou.

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