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Mãe de adolescente morta no Alphaville diz que não acredita em tese de tiro acidental

Foto: Reprodução

Fonte: Olhar Direto

A morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, ganhou destaque nacional em reportagem especial do Programa Fantástico, da Rede Globo. Neste domingo (19), uma semana após a tragédia no condomínio Alphaville, em Cuiabá, a mãe da vítima, Patrícia Ramos, disse à reportagem que não acredita na tese de tiro acidental.

“Eu sabia que eles eram todos praticantes de tiro, mas eu não sabia que ele tinha um arsenal de armas em casa e eu muito menos sabia que as armas circulavam em casa de maneira deliberada, armas carregadas. Senão eu nunca teria deixado minha filha frequentar a casa deles”, disse a mãe, em entrevista à reportagem.

Ao delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior, da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), a adolescente que fez o disparo disse que tem intenção de esclarecer o caso e asseverou que o tiro foi acidental.

“Eu não acredito nisso. Eu não estou desmentindo o depoimento dela, mas eu, como mãe, não compreendo de armas, mas acho isso pouco provável. Como o disparo aconteceu justo na cabeça da minha filha? Não poderia ter sido em um braço, na perna?”, questionou a mãe da jovem morta.

O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que deflagrou uma operação na quinta-feira (16). O delegado Wagner Bassi assumiu as investigações e disse que está sendo apurada a dinâmica do disparo.

“A pistola era modificada, tinha uma alteração para participar de campeonatos. Dessa forma, eles tinham mexido no gatilho e o acionamento dela, era um pouco mais mole. Agora a gente vai verificar se essas alterações permitiram o disparo acidental”, disse Bassi.

Há uma segunda família de atiradores envolvida na tragédia – a do namorado da adolescente que efetuou o tiro, também menor, de 16 anos. Ele foi sozinho à casa da namorada no domingo, levando duas armas, que são do pai dele – um revólver e a pistola 380, da qual saiu o disparo que matou Isabele. O adolescente e o pai ainda não foram ouvidos pela polícia.

Pai da menor que matou a amiga, o empresário Marcelo Martins Cestari, pagou R$ 1 mil de fiança para sair da prisão. Ele foi preso após a polícia encontrar em sua casa sete armas, duas delas sem registro.
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