Desde que o ex-governador Blairo Maggi deixou o governo, em 2010, Eraí é articulador e apoiador financeiro das maiores campanhas vitoriosas de Mato Grosso. Inclusive, o proprietário da empresa de grãos Bom Futuro é um dos amigos de Fávaro e teria cedido seu escritório para a realização dessa reunião.
“Nada mais é do que chamar o Júlio para compor conosco”, disse uma fonte ligada ao senador Carlos Fávaro, sobre essa reunião que acontece nesta manhã. Júlio, até o primeiro semestre desse ano seria o candidato do Democratas ao Senado, na vaga suplementar deixada por Selma Arruda.
Mas, com a mudança de datas de eleição devido a pandemia e por fazer parte do grupo de risco, com 73 anos e ser transplantado, Júlio Campos decidiu não disputar a vaga.
Com isso, ao receber um convite do candidato Nilson Leitão, parte do grupo do Democratas, formado pelo senador Jayme Campos e Dilmar Dal Bosco, decidiu que seguiria com o candidato do PSDB e Júlio seria o 1º suplente. Sendo o segundo apontado pelo também senador Wellington Fagundes (PL).
Esse convite de Fávaro a Júlio Campos também passa pelo crivo do governador Mauro Mendes, que já disse que apoiaria Carlos Fávaro, assim como fez em 2018.
No entanto, Jayme não voltaria atrás e seguiria, mesmo que solitariamente, com Nilson. Essa decisão de Jayme e Júlio estarem com o PSDB seria uma retaliação por conta do grupo do governador estar tratando da eleição municipal de Cuiabá sem consultar os irmãos Campos. A articulação do nome estaria acontecendo sem a presença do senador e do ex-governador.
Mas Mauro já retornou do tratamento hospitalar em São Paulo e a diretoria do DEM deve se reunir ainda neste início da semana para poder tratar sobre o caminho a seguir em Cuiabá e no Senado. Por Fávaro e Eraí, Julio e o DEM caminhariam com o PSD e abandonariam Leitão.
Por outro lado, Leitão confia no “fio do bigode” e na palavra de Jayme e Júlio para começar a campanha, depois do dia 1