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Namorado de adolescente diz que case estava fechado e não havia munição na arma

Foto: Reprodução

Fonte: Olhar direto

Detalhes da conversa entre o adolescente de 16 anos, namorado da autora do disparo que matou Isabele Guimarães Ramos, no dia 12 de julho, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá e seu irmão confirmam que a arma que matou a menor estava sem munição na câmara. Além disto, o garoto pontuou que, quando foi embora da residência da família Cestari, deixou o case fechado.

Nas mensagens, é possível identificar que na conversa com o irmão, o adolescente de 16 anos afirma que deixou a arma que matou Isabele com munição apenas no carregador e que não havia nada na câmara.

Além disto, através das mensagens, o adolescente ainda afirma que deixou o case fechado e que alguém teria mexido após a sua saída. “Só que ela estava sem munição, só que estava com os pentes dentro do case, fica arma, os pentes e eles estavam com munição. Aí o guri deve ter colocado, engatilhado, ai outro pegou na mão”.

“Eles abriram, foram mexer, entende, e aí a merda rolou”, diz outro trecho das mensagens. Vale lembrar que o namorado da autora do disparo não estava na residência quando ocorreu a morte de Isabele.

Ainda no documento, obtido pelo Olhar Direto, fica explícito uma parte que o perito diz que “não é possível visualizar outros dados importantes no celular, pois o proprietário tem o hábito de apagar as conversas de seu próprio aparelho”, destaca o laudo.

Laudo

Laudo pericial entregue à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), nesta terça-feira (11), aponta que o tiro que matou Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no dia 12 de julho, no condomínio Alphaville, em Cuiabá, foi efetuado a uma altura de 1,4 metros do chão e a uma distância entre 20 e 30 centímetros.

Conforme a conclusão da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o disparo foi executado mediante o acionamento do gatilho, com o atirador na posição esquerda do banheiro.

A perícia ainda aponta que a adolescente de 14 anos, que realizou o disparo, posicionou-se na frente da vítima, elevou a arma a uma altura de 1,4 metro do chão, com alinhamento horizontal e a uma distância entre 20 e 30 centímetros do rosto de Isabele.

Laudo balístico

Laudo pericial de balística referente à morte de Isabele Guimarães Ramos aponta que a arma de fogo de onde saiu o projétil que atingiu a vítima na cabeça não pode produzir tiro acidental, como alega a adolescente de 14 anos responsável pelo disparo.

Após vários testes, o perito responsável responde que a arma não pode produzir tiro acidental.

“Nas circunstâncias alegadas no depoimento da adolescente, a arma de fogo, da forma que foi recebida,  somente se mostrou capaz de realizar disparo e produzir tiro estando carregada (cartucho de munição inserido na câmara de carregamento do cano), engatilhada, destravada e mediante o acionamento do gatilho”, diz trecho do laudo ao qual o Olhar Direto teve acesso.

O caso

Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, por volta das 22h30 Isabele já foi encontrada sem vida no banheiro da casa. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega.

Isabele morreu com um tiro na cabeça, efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

Das sete armas encontradas na residência, duas delas não estavam com o registro no local e por este fato, o proprietário foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele foi conduzido à DHPP e autuado pelo crime, que é afiançável. Depois de pagar a fiança, foi liberado.

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