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Secretária de saúde e ex de educação são afastadas por suposto envolvimento em esquema milionário

Foto: Reprodução

Fonte: Olhar Direto

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Barra do Garças (MT), em trabalho conjunto com a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagram nesta quarta-feira (12) a quarta fase da Operação Tapiraguaia, que apura o desvio de recursos públicos federais na área da saúde e da educação no município de Confresa (1011 quilômetros de Cuiabá).

Fernanda Perpétua dos Santos, atual secretária de Saúde da cidade, foi afastada do cargo, por decisão judicial. Também são alvos da ação a ex-gestora da pasta de educação, Agenora Moraes e o dono de um laboratório.

Agenora Moraes estava à frente da Secretaria de Educação quando foi pedido o seu afastamento.

A operação investiga desvios de recursos públicos federais administrados pela prefeitura de Confresa, nas áreas da educação, saúde e infraestrutura. O prejuízo potencial apurado desde a primeira fase é de aproximadamente R$ 4,5 milhões.

A quarta fase foi deflagrada com o objetivo de subsidiar investigação sobre fraudes licitatórias, as quais atingiram recursos públicos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além disso, a polícia também apura fraudes na execução de serviços de exames laboratoriais da Secretaria Municipal de Saúde.

A PF aponta que pelo menos duas licitações do PNAE foram fraudadas em 2017. Em ambas, o objeto era a contratação de empresa fornecedora de gêneros alimentícios para a merenda escolar.

As investigações também mostram que uma licitação que deveria ter sido realizada em 2018 para contratação de laboratórios de análises clínicas foi dispensada indevidamente. O certame deveria ter como objeto a prestação de serviços para a população de Confresa e região.

Os crimes praticados com recursos do PNAE têm potencial impacto, quantitativa e qualitativamente, tendo em vista tratar-se de verbas destinadas aos serviços da educação para a população, principalmente a de baixa renda. Muitas vezes estas pessoas têm na merenda escolar sua única fonte de alimentação diária.

Da mesma forma, nos crimes praticados com recursos destinados à saúde, a população carente é a mais atingida. Adultos, jovens e crianças dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS) não conseguiam realizar exames clínicos em razão das fraudes investigadas.

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