Fonte: Olhar Direto
A defesa de Lumar Costa da Silva, patrocinada pelo advogado Dener Felipe Felizardo, fez um novo pedido de liberdade, solicitando também que ele receba tratamento psiquiátrico. Lumar é acusado de matar a própria tia, Maria Zelia da Silva Cosmos, em julho de 2019 em Sorriso (a 397 km de Cuiabá), além de retirar o coração dela. O advogado argumentou que Lumar era incapaz de entender os seus atos.
No último mês de abril a juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, já havia negado um pedido de revogação de prisão preventiva de Lumar. Ela etendeu que a prova da existência do crime e indícios de autoria são veementes e não foram derrubados no decorrer do processo.
Já no novo pedido o advogado Dener Felipe Felizardo pediu a revogação da prisão e que Lumar receba tratamento psiquiátrico em unidade de saúde especializada. Ele afirmou que o suspeito não era capaz de entender a ilicitude de seus atos. A natureza do crime causou choque.
“O réu, à época dos fatos, era inteiramente incapaz de entender a ilicitude dos seus atos e incapaz de determinar-se segundo este entendimento. Restando claro que ao tempo dos fatos, o acusado não era relativamente incapaz, mas, sim, absolutamente incapaz, pois o periciando, na época dos fatos, tinha alteração de capacidade de determinar-se, já que não possuía autocontrole dos seus atos”, argumetou a defesa.
Ainda não foi proferida decisão sobre este pedido.
O caso
Maria Zélia da Silva Cosmos, 55 anos, foi morta e teve seu coração arrancado na noite do dia 2 de julho, no bairro Vila Bela, em Sorriso (420 quilômetros de Cuiabá). O acusado de cometer o crime é seu próprio sobrinho, Lumar Costa da Silva, 28 anos. Além disto, o suspeito ainda tentou sequestrar uma menina de sete anos, mas acabou impedido por vizinhos.
Segundo as informações da Polícia Militar, o jovem foi até a casa de Patrícia Cosmos, filha de Maria e disse que havia matado a vítima, arrancado o seu coração e o colocado dentro de uma sacola plástica. A vítima teve o órgão arrancado enquanto ainda respirava.
Depois, o acusado ainda disse para a mulher que era apaixonado pela filha de Patrícia, de apenas sete anos e que iria levá-la com ele. Um vizinho percebeu a movimentação e impediu que a menina fosse sequestrada.
Momentos depois, o suspeito invadiu a subestação da Energisa, que fica próximo ao Corpo de Bombeiros e jogou o veículo contra os motores. Ele acabou preso pela Polícia Militar.