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Adolescente reafirma que namorada não sabia que arma estava carregada quando foi guardar case

Foto: Imagem retirada de laudo pericial

Fonte: Olhar Direto

No segundo relato do namorado da adolescente que teria disparado o tiro acidental que atingiu a cabeça de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no dia 12 de julho, dentro de uma casa no condomínio Alphaville, em Cuiabá, ele reafirma que atiradora não sabia que a arma estava carregada.

O fato chamou a atenção da população e da Polícia Civil. O caso está na fase de inquérito. O delegado responsável pelos trabalhos, Wagner Bassi Júnior, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), já colheu diversos depoimentos, tanto da família da atiradora quanto da vítima, e pela segunda vez, em relato feito após a reconstituição simulada da morte de Isabele, ouviu do adolescente que levou a arma até a casa, que sua namorada não sabia que a arma estaria engatilhada.

No dia 21 de agosto, o adolescente, que também é atirador esportivo, disse ao chefe de polícia que sua namorada estava no mesmo ambiente, mas não viu nem sabia que a arma estava carregada.

“O declarante explica, que conforme já foi dito no dia da reconstituição, que ela não viu, pois apesar de estar no mesmo ambiente, ela estava à sua frente e de costas, na direção da porta da sala e estava sem campo de visão para com o declarante, além de estar distraída”, diz trecho do documento policial.

O relato do adolescente é sobre a possibilidade da sua namorada saber que a arma estava municiada. Pois ainda no primeiro depoimento dado na Polícia Civil, o namorado da atiradora disse que ela não sabia que a arma estaria carregada. Após ele sair da casa, a adolescente subiu para guardar o case com as armas e na porta do banheiro a caixa caiu e ao tentar reguardá-la novamente hove o disparo que atingiu o rosto de Isabele, a levando a morte na hora, dentro de um dos banheiros da casa.

Esse segundo depoimento foi colhido de forma espontânea, sem necessidade da polícia precisar intimar a parte ouvida. Além disso, ele também respondeu sobre o teor das conversas de Whatsapp tidas com o irmão, as quais não puderam ser restauradas pela perícia.

De acordo com o menor, as mensagens não dizem respeito à cena do ocorrido, apenas de áudios e textos compartilhados de um grupo formado por terceiros não envolvidos na tragédia, e sem qualquer nexo com o objeto principal da investigação.

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