Propriedades de grupo que lavava dinheiro do tráfico em MT somam R$ 38,9 milhões

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Olhar Direto

Levantamento feito pela Polícia Federal aponta que as propriedades mato-grossenses da organização criminosa acusada de lavar dinheiro do tráfico internacional de drogas estão avaliadas em R$ 38,9 milhões. Todas elas foram sequestradas na sexta-feira (11), em cumprimento a decisão judicial, após deflagração da ‘Operação Status’.

Uma das propriedades sequestradas pela Justiça foi a ‘Pousada Paraíso’, localizada no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães. Além dela, outros quatro imóveis, incluindo uma concessionária de veículos de luxo também ficaram em poder das autoridades. Estes imóveis estão avaliados em R$ 23,5 milhões.

Já as duas fazendas localizadas na cidade de Barra do Garças que possuem área somada de quase dois mil hectares, estão avaliadas em R$ 15,4 milhões. Somando-se tudo, o total é de R$ 38,9 milhões.

Todas as propriedades foram sequestradas pela Justiça com as ‘portas fechadas’. Isso significa que tudo que tinha dentro dela também está em poder do Estado. A intenção é conseguir dar um duro golpe na organização criminosa, que funciona como uma empresa.

O coordenador-geral de polícia de repressão a drogas e facções criminosas, delegado Elvis Secco, explicou que as organizações criminosas precisam ser encaradas como empresas e o foco precisa ser o bolso dos bandidos. “A droga, você valoriza pelo valor de custo. A apreensão dela não traz mais resultado. Agora o mote é descapitalizar, prender as lideranças e ter cooperação internacional”.

No Paraguai, também foram sequestrados dez imóveis, que estão avaliados em 30 milhões de dólares. Entre bens móveis (veículos, embarcações, aeronaves, entre outros), são aproximadamente R$ 20 milhões.

Em Campo Grande (MS), foram 26 imóveis sequestrados, avaliados em R$ 16 milhões. Já em Ponta Porã foram 11, com valor aproximado superior a seis milhões de reais.

O esquema criminoso investigado tinha como ponto principal a lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de empresas de “laranjas” e empresas de fachada, dentre as quais havia construtoras, administradoras de imóveis, lojas de veículos de luxo, dentre outras.

A estrutura, especializada na lavagem de grandes volumes de valores ilícitos, também contava com uma rede de doleiros sediados no Paraguai, com operadores em cidades brasileiras como Curitiba, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.

A operação foi batizada de “Status” em alusão à ostentação de alto padrão de vida mantida pelos líderes da organização criminosa, com participações em eventos de arrancadas com veículos esportivos de alto valor, contratação de artistas famosos para eventos pessoais e residências de luxo.

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