Fonte: Olhar Direto
Xuxa Meneghel usou o seu perfil no Instagram para repreender a pastora e cantora Ana Paula Valadão que, em vídeo de 2016, atribuiu à Aids uma espécie de “castigo” para o sexo entre homens. “Quem concorda com essa senhora saiba que é crime“, escreveu a apresentadora.
“Isso não pode ser uma briga ou uma decepção só pra quem é LGBT, não podemos e não devemos tolerar mais preconceito, discriminação e desamor em nome de Deus, quem concorda com essa senhora saiba que é CRIME, e guarde sua falta de amor ao próximo pra vc.”
Durante Congresso Diante do Trono de 2016, Ana Paula Valadão fez uma declaração homofóbica na qual ela diz que ser gay não é normal. “A Bíblia chama qualquer escolha contrária a que Deus determinou como ideal, como ele nos criou para ser, de pecado”, justificou.
A cantora continuou dizendo que “a aids está aí para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte”. Fato que não faz sentido, já que pessoas heterossexuais também são contaminadas pelo vírus do HIV.
No twitter as declarações vem gerando revolta, já que homofobia é crime. Em nota, a Aliança Nacional LGBTI+ divulga que: “O discurso de Ana Paula beira ao absurdo, extrapolando a liberdade religiosa e de expressão, tornando-se um discurso odioso, fanático e amplamente desproposital, com consequências potencialmente desastrosas, principalmente para quem a segue (…) Não se deve acreditar em um Deus como este pregado pela apresentadora, que espalha preconceitos, estigmas e ódio!”.
No vídeo original pode ser visto a fala a partir de 56:35minutos:
Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.
Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.
Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano. Entenda como denunciar.