Fala meu Povo MT

Força-tarefa resgata lontra com as patas queimadas no Pantanal

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Fonte: Olhar Direto

A força-tarefa para resgatar os animais que fogem das queimadas no Pantanal mato-grossense continua. No último domingo (21), o repórter fotográfico do Olhar Direto, Rogério Florentino, flagrou o atendimento a uma lontra com as patas queimadas na região de Poconé (a 104 quilômetros de Cuiabá).

Os profissionais resgataram o animal e sedaram para que recebesse atendimento veterinário. Nos vídeos (veja ao final da matéria) é possível ver a limpeza das patas. Na sequência, os profissionais enfaixaram para que a lontra pudesse se recuperar das queimaduras.

Assim como a lontra, os animais resgatados são levados para Posto de Atendimento a Animais Silvestres (PAEAS). A equipe montada pelo governo estadual é liderada pela médica veterinária Karen Ramos com apoio do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), Corpo de Bombeiro Militar (CBMMT), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e voluntários para o resgate dos animais.

Além disso, diversos veterinários voluntários de todo país chegam na região. “Temos aqui hoje veterinários voluntários do Rio de Janeiro e São Paulo especialistas em animais silvestres, além de 80 homens da defesa e voluntários que vieram para ajudar no resgate”, comenta a médica veterinária Flávia Metello que é servidora do INDEA.

Olhar Direto também flagrou o momento que um ouriço-cacheiro, também conhecido como porco-espinho, é resgatado pela força-tarefa. O ouriço-cacheiro, ouriço-terrestre ou porco-espinho é um animal que têm vida reprodutiva de até 12 anos.

O mamífero possui de 30 a 60 centímetros de comprimento e de 2 a 4 quilogramas de peso máximo. Seu corpo é coberto por espinhos curtos e pontiagudos em cor esbranquiçada ou amarelada, misturada com o pelo mais escuro.

Entre os animais resgatados pelo comitê, há onças, lobetes, iguana, anta, jabuti, garça, jaguatirica; entre outros. Em casos de cirurgia ou atendimentos mais graves, os animais são encaminhados para clínicas parceiras ou instituições ecológicas de outros Estados do Brasil.

A equipe de resgate é formada por veterinários, biólogos, e estagiários que se revezam na operação realizada em períodos alternados em áreas queimadas ou que o fogo pode chegar, seja durante o dia ou noite. O grupo conta com o suporte do Corpo de Bombeiros em todas as ações, devido ao perigo dos incêndios ou animais maiores que apresentam riscos.

Os membros da equipe são responsáveis por resgatar e também distribuir alimentos em pontos estratégicos para que os bichos consigam localizar e se alimentar. A identificação dos pontos para distribuição de frutas e legumes é feita com base em localização de corixos (ambientes com poças de água).

Veja vídeos do resgate da lontra: 

Sair da versão mobile