FOnte: Olhar Direto
A Polícia Federal ouve na segunda-feira (9) o responsável por gravar os vídeos que denunciam suposta compra de voto praticada pelo vereador em busca de reeleição, Misael Galvão (PTB). A informação sigilosa foi confirmada ao Olhar Jurídico por pessoas que participam da investigação.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas que estariam ligadas à campanha do vereador supostamente comprando apoio em Cuiabá. Em um deles, três homens negociam os preços para que a população coloque adesivos nos carros e placas na porta de casa. O vereador nega as acusações.
Em um dos vídeos, um homem fala ao fundo que Misael “se aproveita da fase ruim da pandemia”, pagando R$250 por semana “para votarem nele”. O homem ainda fala que vai denunciar o fato “à Polícia Federal”.
O outro vídeo é na sala de uma casa. Ali, dois homens se sentam e um terceiro, que não aparece em cena, afirma: “esse reduto é meu. Está todo mundo com Misael e acabou. Aí tem que ver os carros, se pode adesivar. Aí eu marco com eles, é R$50 de combustível”, diz. Ele ainda fala que o pagamento deve ser somente em espécie, e é por semana.
Os outros vídeos já seriam do pagamento, e mostram supostos cabos eleitorais negociando os valores para conseguir votos em diferentes regiões da cidade. O vereador e presidente da Câmara nega as acusações. Ele preferiu falar via assessoria e, em nota, afirmou que o caso é uma “forma de ataque” para “denegrir sua imagem e prejudicar sua campanha eleitoral”.