Max Russi diz que proposta do governo de pagar só 50% das emendas de 2020 ‘não terá respaldo’ na AL

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Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O deputado estadual Max Russi (PSB) afirmo que a proposta do Governo Estadual de pagar apenas cerca de 50% das emendas parlamentares de 2020 não terá respaldo na Assembleia Legislativa. Segundo ele, os deputados estão unidos e tentarão convencer o governador de que o momento econômico é bom e que tudo pode ser quitado.
Na última quarta-feira (2), os deputados discutiram a questão em plenário. Com os nervos à flor da pele, alguns chegaram a acusar o governador Mauro Mendes de ter ‘desprezo’ pela Casa de Leis.

Segundo Max, em entrevista na manhã desta sexta-feira (4), a emenda é um ‘direito’ do deputado. “É a emenda que faz chegar o recurso na ponta, então a Assembleia está bastante unida nesse sentido, e vai fazer a conversa, a discussão com o governo, que está num momento econômico melhor e tem condição de pagar todas as emendas”, afirmou.

Ainda de acordo com o deputado, estes recursos são essenciais para os prefeitos. “Ainda mais os prefeitos novos, todos com muitos sonhos, animados, querendo recurso, então sem sombra de dúvida é uma pressão muito grande em cima da Assembleia para poder ajudar os municípios e os prefeitos. E essa é a forma de entrar algum recurso lá”, completou.

Até agora, Mendes pagou R$ 40 milhões e quer terminar o ano com mais R$ 30 milhões, totalizando R$ 70 milhões em emendas, o que faria cada deputado perder cerca de R$ 50% das emendas destinadas.

Se a Assembleia Legislativa aprovar que o estado pague apenas o valor de R$ 70 milhões, o ano de 2021 iria começar zerado, ou seja, sem nenhuma dívida com nenhum parlamentar. Para Janaína Riva (MDB), é necessário analisar caso a caso.

“Eu conversei com alguns colegas ali, tem algumas situações… por exemplo, nós fizemos no orçamento indicação de viaturas, as viaturas não foram compradas, mas elas foram alugadas e foram entregues. Então não tem justificativa o Estado ficar devendo para o deputado – no meu caso, por exemplo, são 800 mil reais de viatura – se a viatura foi entregue. Então cumpriu com a função social. Agora, o que os deputados querem é que façam essa análise caso a caso, das emendas, se de fato tem algumas que perderam o objeto, talvez nem seja mais os R$ 70 milhões restantes (…), mas talvez em cima de cem, mais próximo do estado para pagar”, disse, na saída da sessão de quarta-feira (2).

“Eu entendo os dois lados nesse caso. Eu, da minha parte, já tinha dito ao governo que eu não faria questão. Se não for para pagar, eu prefiro que nem deixe aí, porque gera uma expectativa, é melhor você dizer, não houve recurso para pagamento, ano que vem alocar de novo, para pagar de verdade, tendo dinheiro, do que você ficar criando uma expectativa que não vai conseguir ser realizada (…) E o Estado investiu muito também nas regiões. Eu não posso questionar eu ficar sem receber metade das minhas emendas se na minha região tem mais de 90 milhões de obras do estado. Acho que é uma questão e bom senso, sentar e fazer esse entendimento, para zerar essa fatura, se não fica sempre nos restos a pagar e a gente não vira a página”, completou.

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